Dia 12 de outubro de 2024, dia de Nossa Senhora Aparecida, Dia da Criança. Dia de festa. O Ceará diante da Ponte Preta. Na fase final, uma placa anuncia substituição no Ceará. Sai João Pedro. Entra Luiz Otávio. O estádio se levanta em aplausos ao ídolo, que volta após nove meses.
Foi de arrepiar. O reconhecimento público. O carinho. O afeto. Luiz Otávio ganhou o amor da torcida pelos anos de dedicação e de trabalho, de seriedade e de compromisso, de eficiência e liderança. Um zagueiro. Um capitão. Um exemplo para todas as gerações.
Depois de tudo isso, a renovação da dor com nova lesão. O afastamento. Outro longo processo de tratamento. A tristeza. Nova cirurgia. Novas incertezas. Enfim, o que terá passado na mente do atleta? Só ele mesmo e talvez nem ele próprio seja capaz de dizer o que pensou e o que pensa em momento assim.
Daqui, como fá incondicional de Luiz Otávio, somente posso lhe transmitir palavras de conforto e fé. Todos temos nossas provações na vida. Algumas mais simples, outras mais difíceis. Luiz Otávio sempre demonstrou resiliência. E é por isso mesmo que acredito muito na sua recuperação.
Desejo muito ver outra vez o estádio de pé a aplaudi-lo em futuro retorno. Pode demorar, mas é possível. Jamais esqueça, caro Luiz Otávio, a fé move montanhas.
Exemplo bíblico
No Evangelho de Mateus, 17,20, Jesus Cristo diz: “Se tiverdes fé grande como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para lá! E ele há de passar. E nada vos será impossível.” As montanhas, simbolicamente, podem ser nossos sérios problemas, nossas enfermidades. Com fé, superaremos tudo.
Firmeza
Com base no exemplo acima, vamos acreditar na força interior do grande capitão Luiz Otávio. Ele, que já superou tantas adversidades, pode, sim, vencer mais uma. Sei, pelo que tem demonstrado até hoje, ser ele um homem de fibra, de coragem. Fico aqui torcendo por você.
Capitão
Tenho profundo respeito pelos ídolos. Os que dão sangue, suor e lágrimas pela causa abraçada. O primeiro capitão do Ceará e da Seleção Cearense que ganhou a minha admiração e respeito foi o zagueiro Alexandre Nepomuceno, que comandou o Vozão no tricampeonato estadual de 1961, 1962 e 1963.
Capitão II
Outro capitão que ganhou a minha admiração e respeito foi Hideraldo Luiz Bellini, que comandou o Vasco da Gama e a Seleção Brasileira, campeã do mundo na Suécia em 1958. Uma liderança inata. Tinha autoridade sobre um grupo composto por craques como Garrincha, Nilton Santos, Didi...
Diferença
Ser ídolo como craque é uma coisa. Ser ídolo como capitão é outra coisa completamente diferente. Como capitão, não raro, o atleta, embora não sendo craque, tem que saber dar um puxão de orelha até nos craques. E ser respeitado pelos craques. Luiz Otávio tem essa habilidade. Boa sorte, amigo.