Há 24 anos somente Ceará ou Fortaleza

Mais uma vez Fortaleza e Ceará vão decidir o campeonato estadual. Na definição da última vaga, ontem, havia discreto favoritismo do Ceará diante do Ferroviário. E realmente a vitória alvinegra por 1 a 0 acabou sendo justa. O Ferroviário teve oportunidades, mas falhou nos instantes capitais. Os gols desperdiçados por Vitão aos 45 minutos do primeiro tempo e Dedé aos 40 minutos da fase final foram pecados mortais, sem perdão. E Prass ainda fez duas defesas excepcionais nos acréscimos. O Ceará foi mais consciente nas definições e no que pretendia. O garoto Rick criou as melhores situações. O Gol de Felipe Silva foi obra de inteligência que teve a participação de Rafael Sóbis, ontem bem mais à vontade que nos dois jogos anteriores. O Ceará não foi brilhante, mas jogou o suficiente para estabelecer melhor controle da partida, inclusive quando o Ferroviário de forma mais intensa buscou o empate no segundo tempo. O ataque coral passou batido nos dois jogos que fez. Aí exatamente o motivo de sua eliminação. Agora é esperar a grande decisão. Faz 24 anos que o título estadual fica ou com o Ceará ou com o Fortaleza. São 12 títulos para cada. Tabu que vai para 25 anos.  

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Palavrões

Na década de 1960, o jornalista José Oly Moreira escrevia “Bola de Meia”, programa humorístico-esportivo, que ia ao ar na Rádio Dragão do Mar antes dos jogos de domingo. Palavrão no rádio, nem pensar... Era proibido. Seria demitido o locutor que o dissesse. Havia um jogador no Fortaleza chamado Birungueta. Com que rimar?

Apelido

Com que rimar? Ora, bastaria chamar o técnico Rogério Ceni que ele resolveria na hora a maneira de rimar. O José Oly Moreira fez o seguinte. Disse que havia um vendedor vendendo mala, malinha e maleta; bolsa, bolsinha e Birungueta. Hoje nem seria preciso tanta arrodeio assim.

Reuniões

Dizer palavrão banalizou. Na reunião do presidente da República, Jair Bolsonaro, com os ministros, palavrões foram ditos na maior tranquilidade do mundo, justo no ambiente de “vossas excelências”. Não há mais com que se espantar, gente. Coisas piores estão sendo mostradas todo dia pela sociedade.

Pílulas

Sim, mas não se deve aprovar postura assim, de dizer palavrões, porque é um incentivo a práticas incorretas. Não sou hipócrita: digo palavrão. E, quando estou com raiva, solto-os a plenos pulmões.

Eu estou errado. O presidente Jair Bolsonaro está errado. Rogério Ceni está errado. Correto é não dizer palavrão. É verdade. Há, porém, momentos nos quais o palavrão vem quente, fervendo. E não há quem se contenha. De repente, saí: vá...