Fortaleza vítima de desumano calendário

Leia a Coluna desta terça-feira (3)

O Leão de Aço tem uma programação intensa em setembro. Praticamente, um jogo a cada três dias. Inevitável desgaste. O técnico Juan Pablo Vojvoda terá de promover inteligente rotatividade, visando a não comprometer as condições físicas do elenco. 

No dia 11, enfrentará o Inter em Porto Alegre (jogo atrasado). No dia 14, o Athletico em Curitiba. No dia 17, no Castelão, o Corinthians pela Sula. No dia 21, no Castelão, o Bahia. No dia 24, pela Sula, decisão de vaga com o Corinthians no Néo Química. Dia 29, no Castelão, Cuiabá pela Série A.  

É um verdadeiro massacre. Um calendário cruel e desumano. Então, o que fazer para evitar os efeitos do cansaço? Administrar energias. Será complicado poupar atletas em jogos decisivos pela Sula. Esse tipo de disputa desgasta muito mais. 

Alguns concorrentes também trabalharão em várias frentes. Vantagem terá quem souber dosar melhor. Quem tiver um elenco maior e mais qualificado certamente ultrapassará com menores dificuldades as tormentas. Tudo terá de ser minuciosamente calculado. 

 

Pausa 

 

Agora, uma pequena parada nas competições nacionais, visando a acompanhar os jogos da Seleção Brasileira pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Na sexta-feira próxima, às 22 horas, a Canarinho enfrentará o Equador no Estádio Couto Pereira. Já no dia 10 de setembro, terça-feira, enfrentará o Paraguai em Assunção. O Brasil é o sexto colocado.  

 

Preços  

 

Há muito, assistir aos jogos da Seleção Brasileira nos estádios passou a ser privilégio de uma classe com maior poder aquisitivo. Os ingressos para este jogo em Curitiba estão com preços elevados. Nas arquibancadas, R$ 400,00 (meia R$ 200,00). Nas cadeiras Mauá, os valores variam entre R$ 600,00 e R$ 300,00.  

 

Longe 

 

A verdade é que o povão, de poder aquisitivo menor, não tem mais como acompanhar nos estádios os jogos da Seleção Brasileira. O salário mínimo no Brasil é R$ 1.412,00. No tempo em que havia ingressos populares, no setor denominado “geral”, ainda era possível, com certo sacrifício, a turma do salário mínimo comparecer. Hoje é impossível. 

 

Ascensão 

 

Apesar do empate (1 x 1) com o Amazonas, na Arena da Amazônia, mantenho o otimismo com relação à subida do Ceará para a Série A nacional. Fica no rol das exceções a disputa de um jogo sob temperatura de quase 40 graus. Por isso mesmo, compreendo a produção alvinegra abaixo do esperado.   

 

Rodadas 

 

Faltam 13 rodadas para o término da Série B nacional. A qualidade do futebol apresentado pelos atuais ocupantes do G-4, Novorizontino (43), Santos (40), Mirassol (39) e Vila Nova (39), não está muito acima do que vem apresentando o Ceará. A distância entre o Ceará e o último do G-4 é de três pontos e duas posições. Situação perfeitamente alcançável.