Folga e castigo na trajetória do Fortaleza

Leia a Coluna desta quinta-feira (5)

Após o jogo com o Botafogo, no dia 31 de agosto passado, o Leão foi contemplado com dez dias de uma suposta folga, pois ficou sem jogos oficiais até o dia 11 de setembro, data em que enfrentará o Internacional. Esse jogo deveria ter sido realizado em julho.  

Aparentemente, o período de dez dias sem jogos oficiais trouxe um benefício para o Fortaleza. Um tempo especial para ajustes. Mas, logo após esse período, virá uma carga pesada: maratona cruel, desumana, massacrante. 

O suposto benefício logo se diluirá e o Leão terá pela frente uma légua tirana desafiadora. Um teste de fogo para as condições físicas dos atletas. Muito trabalho para o Departamento de Fisiologia, que terá de acompanhar com precisão o grau de desgaste de cada jogador. 

Há times que, submetidos a esforços exagerados, terminam comprometendo o desempenho geral. E, por isso mesmo, têm resultados negativos em sequência. Portanto, no Leão há o temor de que os desgastes provoquem quedas de rendimento e de posições. 

Vejo como um castigo o calendário imposto ao Fortaleza no mês de setembro. A folga de dez dias é uma enganação, levando-se em conta a carga de trabalho que vem depois.  

 

Decepção 

 

A Seleção Brasileira volta a campo amanhã, em jogo diante do Equador, válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O jogo será no Estádio Couto Pereira, em Curitiba. Conversando com amigos, observei que nenhum deles sabia de cor a escalação da Canarinho. É explícito o desencanto. Longe o tempo em que país recitava a composição da equipe. 

 

Expectativa 

 

O atacante Estêvão, jovem de 17 anos, estreará pela Seleção Brasileira. O número de sua camisa será 22. A expectativa é muito grande. A esperança é de que ele corresponda e dê ao time dirigido por Dorival Júnior melhor potencial ofensivo. Com 17 anos, Pelé sagrou-se campeão do mundo em 1958 na Suécia.  

 

Sem comparações 

 

Citei Pelé no tópico anterior, mas sem querer comparar a qualidade do futebol. A citação foi feita apenas para lembrar a idade em que o “Rei” ganhou seu primeiro título mundial. Quando convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, Pelé tinha apenas 16 anos de idade. Estreou em 1957, contra a Argentina, e marcou um gol. O Brasil perdeu por 2 a 1. 

Camisa 10 

 

Até hoje pairam dúvidas sobre o fato de Pelé ter jogado, usando a camisa 10 na Copa do Mundo da Suécia em 1958. Há uma versão segunda a qual a CBF perdeu o prazo para indicar a numeração dos atletas. Então, a Fifa teria colocado aleatoriamente a numeração, independente das posições. 

 

Versões do “Rei” 

 

Em uma entrevista, Pelé admitiu que a camisa de número dez, usada por ele na Suécia, decorreu de um sorteio realizado pela FIFA. Em outra entrevista, Pelé explicou que a camisa de número dez por ele usada na referida Copa resultou do fato de ele ter sido o décimo jogador brasileiro inscrito para a competição. Na verdade, uma premonição.