Hoje, às 16 horas, o Bahia de volta ao Castelão. Há uma série de fatores, positivos e negativos, que envolvem este jogo diante do Ceará. Não faz muito, de tanto perder seguidas vezes do Vozão, o tricolor da Boa Terra passou a ser chamado de freguês. Isso mexeu com os brios dos jogadores baianos. Para eles, virou questão de honra a conquista da Copa do Nordeste. Honra lavada. Deu Bahia. Depois disso, o Ceará comeu o pão que o diabo amassou. Hoje a situação se inverte. Virou questão de honra para o Ceará uma vitória sobre os baianos. Seria um recomeçar. Um reencontro com a esperança. Um sepultamento dos complexos. Há algo que está travando o Vozão. Da lucidez de outrora pouco resta. Ninguém encontra explicações para tamanho retrocesso. Mas, pelo menos na minha avaliação, a avalanche de jogos contribuiu sobremaneira para o desgaste coletivo. Por mais que promova a rotatividade, não há elenco que suporte quinze jogos em trinta dias. O Ceará padeceu um verdadeiro massacre imposto pelo calendário desumano, cruel. Pagou caro. Agora, como está numa disputa só, terá chances de uma retomada. A primeira chance aí está, ou seja, justo diante do algoz Bahia.
Curiosidade
Hoje, às 19 horas, o Fortaleza enfrentará o Atlético no Estádio Antonio Accioly em Goiânia. Estádio pequeno com capacidade apenas para 12.500 torcedores. O Leão, por seu início avassalador, tem despertado a curiosidade dos adversários. Como o técnico argentino, Vojvoda, em tão pouco tempo, com o mesmo elenco, fez vencedor um time que se arrastava? Coisas do futebol.
Armas
O técnico Vojvoda simplificou. São três zagueiros. A meia-cancha é invadida pelos homens tricolores. Ora cinco jogadores, ora sete. É exatamente aí onde começa a força do Leão. Intensidade, presença, velocidade. Marcação forte, continuada. Não será diferente hoje. Faz parte da doutrina de Vojvoda. O jogador que não acompanhar perderá o lugar.
Adversário
O Atlético fez dois jogos. Ganhou os dois. Na estreia, bateu (0 x1) no Corinthians no Itaquerão. No segundo, ganhou (2 x 0) do São Paulo em Goiânia. Duas expressivas vitórias sobre dois grandes times paulistas. E é bom lembrar que despachou da Copa do Brasil o próprio Corinthians, com outra vitória no Itaquerão e empate no Antonio Accioly. Ótima campanha.
Outro Cariús
No Atlético está o lateral-esquerdo cearense, Igor Cariús. Pensei que ele teria nascido em Cariús como o atacante Edson. Mas Igor nasceu em Barbalha. Tem 28 anos de idade. Mede 1,84m. É versátil. Joga também na lateral-direita e como volante. Chegou ao Atlético em fevereiro deste ano. Antes, havia atuado no Iguatu, Barbalha, Quixadá, Coruripe, Asa, Paraná e CRB.