Em busca de um fazedor de gols

O pé que balança a rede. O peito de aço. O interplanetário. O beija-flor. O demolidor. Dinamite. O brocador. O rompedor. O fazedor de gols. Sei lá mais quantas denominações para a posição de centroavante. Especialista assim é difícil de encontrar disponível no mercado da bola. A maioria está muito bem empregada. Quando um fica livre, caso do Gilberto ex-Bahia, aí chove comprador nacional e internacional. Há quem admita jogar sem um centroavante fixo. Há os que adotam até modelos sem centroavante. Seja como for, ainda perdurará por muito tempo a figura do “Camisa Nove”. O Ceará tem cuidado de resolver a questão. Não sei quantos atletas já tentaram ganhar de vez a condição de titular na posição. O requisito principal, absoluto, é assinalar muitos gols. Se assim não for, não se estabelece. Até hoje, Gildo é o maior ídolo do Ceará em todos os tempos porque é o recordista de gols com a camisa nove do Vozão. Depois dele, Sérgio Alves. O trono está vazio em Porangabuçu. Poucos atletas corresponderam na medida certa. Os atacantes mais recentes que alcançaram êxito na função de centroavante do Ceará foram Mota, Magno Alves e Arthur Cabral. Depois deles, vacância absoluta.   

Leão 

O Fortaleza também precisa de um fazedor de gols. Wellington Paulista tem história. Por onde passou, deixou a marca de seu talento nas finalizações certeiras. No próprio tricolor assinalou gols importantes na sua vitoriosa trajetória. Mas os desafios internacionais, como a Copa Libertadores, exigem oxigenação no setor.  

Arbitragem 

O futebol cearense tem bons árbitros. Todos foram capacitados. Mas, não sei bem a razão, depois de Dacildo Mourão nunca mais um cearense foi contemplado com tamanho prestígio nacional e internacional. Já está na hora de uma verificação nessa parte. Não estará havendo discriminação por parte dos dirigentes da arbitragem nacional?

Treinadores 

O Campeonato Cearense, que começa no próximo sábado, dia 08 de janeiro, permitirá novamente contato direto com os nossos treinadores. De repente, o futebol brasileiro passou a dar muita atenção aos técnicos estrangeiros. Se for português, é gênio. Nada contra técnicos de fora. Está aí o Vojvoda dando show. É que eu gosto mesmo de valorizar a prata de casa. 

Saudade 

Por falar em treinador local, me veio à memória a lembrança do saudoso Lula Pereira. Lulão. Chegou a ser técnico do Flamengo. Com méritos diga. Se não me engano, foi do comentarista Washington Rodrigues a colocação: “Fui contra a contratação de Lula; hoje sou contra a sua demissão”. Reconheceu que Lula foi mandado embora, exatamente quando o time começava a acertar.