O Ceará concentra suas atenções na decisão de sábado contra o Bahia no Castelão. Montou todo aparato, visando a evitar surpresa baiana. Cuida com esmero do time principal. Não deixa faltar nada. Acompanhando isso, lembrei do saudoso político Manoel de Castro, que na década de 1980 foi governador do Ceará. Manoel era de Morada Nova. Quando de um Torneio Intermunicipal, perguntaram ao governador o que era preciso fazer para o time de Morada Nova, sua terra, sagrar-se campeão. Manoel de Castro, naquela sua simplicidade tão conhecida, não titubeou. Disse com convicção: “Bota pra dormir cedo e dá de comida aos homens”. Em outras palavras, Manoel de Castro disse tudo. É dar o apoio logístico, ou seja, exatamente o que a diretoria e a comissão técnica estão fazendo. Apesar da série de vitórias consecutivas do Ceará sobre o Bahia, não pode o alvinegro embarcar na furada canoa do “já ganhou”. Não raro, a ilusória vantagem do empate conduz a situações que mais complicam que favorecem. Quem tem a vantagem do empate deve deixá-la à margem. É de valia na formulação tática, jamais como instrumento de acomodação. O Bahia está inteiro na briga. E merece respeito.
Expectativa
Como será o Fortaleza sob o comando de Juan Pablo Vojvoda? É claro que há toda uma expectativa. Irá o Leão adotar o modelo argentino de jogar futebol? Os argentinos sempre foram de uma pegada mais forte. Gostam também de muita catimba. Quero acreditar que ele exigirá muita garra. Mas isso já faz parte da história tricolor.
Dois treinadores
É preciso que se entenda a nova situação dos treinadores no futebol brasileiro. A partir de agora, o clube poderá apenas contratar dois por temporada. Portanto, acabou a possibilidade de três ou quatro treinadores, ao sabor dos humores da torcida, como antes era possível fazer. Então, quem contrata já sabe que terá de engolir sapo, “arte” que a maioria dos dirigentes não tem.
Horário
O Ferroviário teve de enfrentar o Icasa, ontem, no Castelão. O jogo começou às 21:45. Terminou quase meia-noite. Como se não bastasse a impossibilidade de público no estádio, um horário inconveniente para uma cidade perigosa como Fortaleza. Quem trabalha num horário assim vai correr risco de assalto sempre.
Surpresa
Nesta segunda fase do “estadual”, Pacajus resolveu aprontar. Após perder em casa para o Caucaia (2 x 4), empatou (1 x 1) com o Ceará no Castelão e empatou (0 x 0) em casa com o Fortaleza. A torcida tricolor ficou na bronca. O Ceará atuara com time misto, mas o Leão foi com o time titular. Leão perdeu pênalti e, no geral, negligenciou em Pacajus. Juan Pablo vai ter muito o que fazer.