De 1957 a 2015, no caminho do Estádio Presidente Vargas havia o Bar do Chaguinha, que ficou famoso em todo o Estado do Ceará porque se tornou obrigatório ponto de encontro dos desportistas. Quando em 1957, na Rua Padre Francisco Pinto 144, Francisco Ferreira Neto, o Chaguinha, começou suas atividades, jamais imaginou a projeção que alcançaria. Em 1992, mudou-se para o outro lado da mesma rua. E ali ficou até o fechamento em 2015. Desde o início, como o bar ficava perto do PV, Chaguinha recebia figuras ilustres do futebol e da comunicação. Ídolos, dirigentes, cronistas e torcedores fizeram desse lugar o cenário de confraternizações inesquecíveis. O mundo da boemia também lá fez morada. Eram as rodas de Samba, animadas ao gosto de mão de vaca com pirão e outras deliciosas iguarias. Autoridades igualmente frequentavam aquele ambiente tão saudável. Chaguinha virou patrimônio. Havia algo especial que o diferenciava. Um carisma indescritível. Um chamariz natural que envolvia e encantava. Estar no Bar do Chaguinha era estar numa espécie de aconchego. Chaguinha morreu no sábado passado aos 89 anos de idade. Que tristeza! Mas sua história seguirá viva para sempre.
Referência
Tendo o Bar do Chaguinha como tema, incontáveis reportagens foram feitas em jornais, revistas, rádio e televisão. Oportuna a colocação feita pelo comunicador e produtor Dilson Pinheiro que destacou a importância do apoio dado pelo Chaguinha às manifestações culturais e esportivas na Gentilância. Ele afinava com todos os segmentos da sociedade.
Ex-presidentes da FCF
De Expedito Machado (1957) ao atual presidente da FCF, Mauro Carmélio, vários frequentaram ou fizeram visitas de cortesia ao Bar do Chaguinha, ainda que numa passagem rápida. Era quase obrigação ir lá. Uma mania. Fazia parte da história da cidade. Lá estiveram Abner Brígido Costa, Aldenor Maia, Breno Vitoriano, Alcy Pinheiro, José Lino da Silveira, Fares Lopes e Mário Degésio.
Ídolos
Também frequentaram ou fizeram visitas de cortesia ao Bar do Chaguinha os ídolos Gildo, Croinha, Pacoti (está bem vivo nos seus 88 anos de idade), Alexandre Nepomuceno, Mozart, Moésio, Pipiu, Ivan Roriz, Zé Mário, Haroldo Castelo Branco, Leilá, Haroldo Guimarães, Airton Monte, Pedrinho Simões... Uma confraternização permanente.
Lembrança eterna
O encontro dos torcedores antes e depois dos jogos no PV era no “Chaguinha”. Os diversos eventos da boemia eram no “Chaguinha”. O bar dele era ponto de referência. Hoje, no mesmo local, há um outro bar. Quem passa por esse lugar não tem como deixar de lembrar do querido e inesquecível Chaguinha. Sua presença viva ali permanecerá etermanete, em forma de saudade.