Agonias alvinegras na reta final da Série B

Leia a coluna desta quinta-feira (24)

Faltam cinco rodadas para terminar a Série B nacional. Em Santos, o Ceará entregou o seu destino nas mãos de terceiros. Precisará de tropeços dos concorrentes para chegar ao G-4. Não depende mais de si. Vai ficando cada vez mais difícil chegar ao G-4. Por um fio o sonho da classificação. 

Enquanto matematicamente houver possibilidade de chegar ao G-4, o Ceará não pode desistir. Mas a verdade agora é outra: as chances ficaram bastante reduzidas. A própria torcida já se divide entre os que acreditam e os que enrolaram a bandeira. A meu juízo, ainda é possível acreditar. 

Parece que andam juntas esperança e desesperança. E assim vão continuar até dezembro ou um pouco antes, quando finalmente se definir quem sobe e quem permanece. As agonias alvinegras estarão em todas as partidas que virão. As circunstâncias assim indicam.  

Paysandu, Avaí, Botafogo-SP, América-MG e Guarani estão a caminho. Serão cinco decisões consecutivas. Resultados imprevisíveis como imprevisível é agora o próprio destino do Ceará.  

 

Erro 

 

Há momentos em que é proibido errar. A oportunidade perdida por Erick Pulga no segundo tempo em Santos é inadmissível. Cabeceou para fora, estando de frente, na cara do gol. É compreensível. Errar é humano. Mas há momentos em que o erro leva à desclassificação. 

 

E agora? 

 

É esperar pelos erros dos concorrentes diretos. O Vila Nova (5º) enfrenta o Avaí (12º) no Estádio Ressacada em Florianópolis. O Mirassol (4º) em casa recebe a Ponte Preta (17º), ou seja, a Ponte na Zona de Rebaixamento. O América (7º) em casa recebe o Sport (3º). Está complicada a situação. 

 

Sete pontos 

Gosto sempre de lembrar que, segundo o saudoso Dimas Filgueiras, uma margem de segurança razoável é de sete pontos. Então, a distância entre o Botafogo (líder) e o Fortaleza (3º) é de cinco pontos. Portanto, não tem nada seguro para o líder, máxime em vista da perda de confiança do Botafogo, quando ingressa nas rodadas finais. 

 

Força mental 

 

O contrário acontece com o Palmeiras. Apesar de não abrir margem de sete pontos sobre os concorrentes, consegue, ao contrário do Botafogo, reagir nas rodadas finais. É um time que tem força mental nos momentos mais delicados. É isso que faz o Palmeiras ser temido pelos demais. O time não treme. 

 

O Lion 

 

O Fortaleza corre por fora. Seu objetivo agora é uma vaga direta na Libertadores. Na questão do título, matematicamente o Leão ainda tem chance, embora seja difícil desbancar Palmeiras e Botafogo. Sábado, no Allianz Parque, se saberá se o Lion tem força transcendental para tamanha tarefa.