Direitos e deveres. Desde criança, ouvimos sobre esse dupla que nos orienta na vida em sociedade. Temos direitos, que devem ser reafirmados, reivindicados e ampliados, ao passo que também temos deveres, responsabilidades que dão conta de nossa vida em comunidade. Essa dupla está intrinsecamente relacionada e muitas vezes só conseguimos garantir nossos direitos ao cumprirmos nossos deveres. E vice-versa.
É nesse sentido que podemos falar sobre cidadania. Exercer nossa cidadania é - ou deve ser - um processo em permanente construção. Para estarmos prontos a lutar pela sociedade que queremos, precisamos ser vistos como sujeitos de direitos, com nossos anseios individuais e coletivos.
Aqui no Ceará, diversos direitos estão sendo levados às ruas para melhor atender a cidadãs e cidadãos, da forma mais acessível possível. É a emissão de documentação básica, o enfrentamento à violência doméstica contra a mulher, a política sobre drogas, cursos de capacitação e mesmo a vacinação que tem percorrido ruas da Capital e cidades do Interior, facilitando que esses direitos adentrem as comunidades. São diversas unidades móveis levando à população esses serviços.
Gestora da política estadual de cidadania, tenho compreendido cada vez mais que esses serviços precisam ser ofertados de forma conjunta, facilitando a abordagem e, principalmente, fomentando no público, a ideia de um atendimento integral.
Problemas com o uso abusivo de álcool e outras drogas podem interferir no enfrentamento à violência contra a mulher. Falta de capacitação e consequentemente desemprego podem implicar em uma relação de abuso de álcool. Tudo pode estar relacionado e, por isso, esses atendimentos precisam dialogar.
À medida que garantimos o acesso a esses direitos, estamos empoderando uma população para que ela identifique suas necessidades e, sobretudo, lute por elas.
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.