Há um ano, lembro de estar viajando pelo interior do Ceará com meus amigos e acompanhando os burburinhos sobre a primeira edição da Farofa da GKAY. Não se falava em outra coisa e era impossível fugir do assunto que bombava em todas as redes sociais, ainda mais pra mim, já que a festa acontecia em Fortaleza.
Tudo era um tanto misterioso. A festa da Gkay era um espaço fechado, onde os artistas e influenciadores digitais tinham a liberdade de fazer o que bem entendiam, já que nada era tão exposto assim. Talvez isso tenha despertado ainda mais o interesse de todo mundo. Como não querer saber o que rolava dentro de uma festa cheia de famosos?
Pois bem, para a segunda edição, recebi um convite em forma de saco de lixo, que de lixo mesmo só tinha a aparência da embalagem. Por dentro, havia uma espécie de passaporte da alegria, repleto de presentinhos incríveis, de várias marcas que apostam no evento. Em 2021, não compareci porque não fui convidado e esse é o requisito principal para participar do evento, afinal trata-se do aniversário da dona da festa e a regra é clara e justa.
Foram três dias insanos de festa em um dos maiores hotéis da cidade. Isso mesmo. A comemoração era ininterrupta dentro de uma estrutura deslumbrante. Tem que ter fôlego! Absolutamente tudo é pensado, planejado, decorado e servido nos mínimos detalhes, tanto para os patrocinadores, com toda atenção à promoção das marcas, quanto para os convidados, claro, da alimentação ao entretenimento, contando com uma equipe de funcionários exemplares, extremamente gentis, simpáticos e disponíveis a qualquer momento que forem solicitados.
No segundo dia de festa, por exemplo, confesso que acordei quase de tarde e para a minha surpresa, o hotel fugiu do procedimento padrão e estendeu o horário de café da manhã até as 13h, justamente por conta dos convidados inimigos-do-fim de Gkay. Percebe o cuidado? Details.
E a noite? Ah, os shows eram de matar e eu me acabei de dançar em todos. Aproveito pra deixar meus quatro favoritos: Pedro Sampaio, que sabe como levantar a galera; Safadão, não me canso de ver, porque a cada dia faz shows mais impressionantes; Veveta, a mulher é um furacão, impossível não amar. E no meu Top 1, É o Tchan que fez todo mundo permanecer até quatro ou cinco da manhã (não lembro) fazendo todas as coreografias na grade.
É óbvio que eu também não poderia sair da festa sem dar uma passada pelo famoso Dark Room né?! Para quem não sabe, era um espaço reservado, com paredes pretas e bem escuro, com decoração temática “sado” e vários produtos de sexshop. O quarto sempre abria após o último show da noite, por volta de 4h da manhã, onde era proibida a entrada de celulares. Todos deixavam seus aparelhos na portaria. Assim, com bastante liberdade, todas as pessoas podiam fazer o que quisessem sem julgamentos ou registros.
Fora de lá, todos os ambientes são “instagramáveis”, perfeitos para produção de materiais para internet, afinal de contas, esse é o maior público do evento, tendo em vista a quantidade gigantesca de influenciadores digitais convidados, que geram seus próprios conteúdos, alimentando as redes dos convidados e promovendo ainda mais engajamento para a Farofa da GKAY.
Apesar de se tratar de um aniversário, a Farofa é uma verdadeira aula de marketing e para além dos altos números das redes sociais, pela primeira vez, o evento foi transmitido pela Globoplay e pelo Multishow. Quem consegue uma marca como essa? Só a Gkay!
Na festa, tudo foi pensado para proporcionar um espaço onde os famosos pudessem se sentir livres do assédio de fãs, permitindo-se beber e curtir. Embora os fãs não estivessem no local, inúmeros perfis de fofocas registravam o evento a todo momento, de olho nos “bafões”. Ainda assim, preciso dizer que vi uma festa de pessoas dispostas a serem livres e disponíveis.
Trabalhei com a Gkay em 2021, na série da Netflix Nada Suspeitos e lembro que em um dos primeiros encontros que tivemos, disse o quanto a achava grandiosa por ser uma nordestina, paraibana e humorista que mete as caras e conquista tudo o que quer em um cenário complicado de se conseguir espaço, ainda mais se tratando de uma mulher.
Hoje, depois de ver o tamanho da Farofa, sigo com o mesmo pensamento: GKay é capaz de fazer coisas grandiosas mesmo. Eu nunca tinha visto algo parecido na minha cidade. Foi incrível ser farofeiro!
* Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor