Skatista cearense busca espaço no cenário nacional e fala sobre desafios da modalidade

Karol Lima, de 25 anos, já participou de importantes competições, mas ainda busca se firmar em espaço que vem revelando novos talentos

Ser veterana aos 25 anos é um pouco incomum para a maioria das profissões, mas a skatista cearense Karol Lima pode se considerar assim. Isso por ela estar na modalidade desde os 16 anos.Hoje em dia, é cada vez mais comum atletas da modalidade terem experiência ainda mais jovens, como a principal representante brasileira: Rayssa Leal, de apenas 14. 

Em entrevista à coluna, a representante do Estado nos principais circuitos nacionais falou sobre a modalidade, rotina e dificuldades em um cenário ainda dominado por homens. 

Natural de Aracati, no litoral leste, o interesse por skate foi meio que de repente, graças à inauguração de uma pista na cidade: “Comecei um pouco tarde, com 16 anos e até então não sabia nada de skate.” Da prática inicial à compra do equipamento, que, inicialmente, era utilizado apenas em casa , por conta da timidez.  

A diversão aos poucos foi se tornando algo mais sério e hoje Karol vive do skate. A primeira competição, em Amontada, não saiu como o esperado, mas ela perseverou pra continuar. No mês passado chegou à semifinal do STU realizado em Recife. 

Um dos grandes desafios do ano seria chegar ao open, do STU do Rio de Janeiro, que acontece a partir desta segunda-feira (10), mas Karol acabou não se classificando na etapa classificatória, que aconteceu semana passada. 

Apesar das adversidades, Karol continua focada e pretende no próximo ano passar uma temporada fora se aperfeiçoando fora do País. 

Ser mulher, em um ambiente onde predomina a presença masculina, tem suas dificuldades, Karol destaca, principalmente, em relação à busca das marcas para patrocínios e conta que ainda observa muitas diferenças nesse sentido. 

Apesar disso, incentiva quem se identifica com a modalidade: “É possível, só não desistir.” E conta sobre o quão diferente é a modalidade: “A gente está competindo contra a gente mesmo, não é com o outro.” E é isso que se observa nas competições, um clima diferenciado. É tanto, que Karol se espelha nos próprios amigos, reforçando essa rede e apoio e a rotina de treinos diariamente.