Uma modalidade tão premiada como o vôlei brasileiro não passa despercebida em quase nenhuma competição internacional. Nos Jogos Olímpicos, em sequência, desde 2004, pelo menos um dos grupos (feminino ou masculino) trouxe a medalha de ouro para o País.
Para Tóquio, as incertezas que cercam todo o contexto não esmorecem as expectativas positivas em cima das duas seleções, que iniciam a temporada internacional, a partir da próxima semana, em Rimini, na Itália, onde será disputada a Liga das Nações (VNL), em formato de bolha.
Desde 2019, os grupos não disputavam nenhuma competição, já que todo o calendário de 2020 foi cancelado, por conta da pandemia.
Antes da viagem para a Europa, a seleção masculina ainda disputa três amistosos contra a Venezuela, no Rio de Janeiro, entre os dias 21 e 23. Os primeiros adversários na competição oficial são velhos conhecidos dos brasileiros: Argentina (28/05), Estados Unidos (29/05) e Canadá (30/05).
A Seleção espera superar o resultado ruim na última edição da Liga das Nações, em 2019, quando ficou apenas com o 4º lugar. No comando da equipe, o técnico interino, Carlos Schwanke, que dirige a seleção masculina enquanto Renan Dal Zotto se recupera da Covid-19.
Já as mulheres encaram Canadá (25/05), Republica Dominicana (26/05) e Estados Unidos (27/05), na primeira edição da VNL. Em 2019, o título quase veio, mas a disputa acabou terminando com o gostinho amargo da derrota para os EUA na final.
O grupo vai para a competição com uma mescla de talentos e gerações, encabeçado pela experiente Carol Gattaz, de 40 anos até a estreante no time principal, Ana Cristina, de 17. É com esse misto de experiências, que o técnico tricampeão olímpico, José Roberto Guimarães inicia oficialmente a última temporada à frente da Seleção.
O caminho até o ouro olímpico não vai ser fácil em nenhum dos naipes. A manutenção do título masculino e a superação das mulheres do baque pelo meio do caminho, ainda nas quartas de final, marcarão as disputas que seguirão até sete e oito de agosto respectivamente.
Olimpíadas ainda em risco?
A exatos dois meses para o início dos Jogos, o apoio local parece não chegar nunca à realização das Olimpíadas. Pesquisa publicada pela mídia japonesa aponta que mais de 80% dos japoneses são contrários à organização dos Jogos Olímpicos este ano.
43% dos entrevistados desejam o cancelamento das disputas e 40% são a favor um novo adiamento.
Por hora, os preparativos para as Olimpíadas seguem a todo vapor. Em um cenário adverso, é verdade, mas como o espírito olímpico remete à superação, dessa vez a associação vai ser ainda mais intensa e necessária.