Dia olímpico tem medalhas para o Brasil, estreias cearenses e Rebeca Andrade brilhando na ginástica

Modalidade estreante, skate abriu o caminho de medalhas brasileiras, em Tóquio 2020

A luta de anos para se tornar esporte olímpico valeu a pena quando o brasileiro Felipe Gustavo iniciou as baterias do skate street, em Tóquio. Pela primeira vez nos Jogos, a modalidade é uma das que guardam boas esperanças de medalhas para o País. A primeira já veio e ficou por conta do Kelvin Hoefler, que conquistou a prata e inaugurou o quadro de medalhas brasileiras.

A grande expectativa na modalidade está por conta das meninas que estreiam hoje à noite, a partir das 20h30. A chance de pódio inteiramente brasileiro é real. Rayssa Leal, Pâmela Rosa e Letícia Bufoni figuram entre as melhores do mundo e podem garantir sim mais três medalhas.

Seria um marco, três brasileiras no topo de em esporte historicamente masculino. Empodera e fortalece a ideia, que o lugar da mulher é onde ela quiser.

E tem mulher cearense já fazendo história nas Olimpíadas. A representante de Paracuru, Silvana Lima, entrou no mar e garantiu a classificação para as oitavas de final, no surfe, que serão disputadas a partir das 19h, deste domingo. Esta é outra modalidade estreante e é a chance do Estado conquistar sua quinta medalha olímpica.

As únicas que já temos são do vôlei de praia. Modalidade em que a também conterrânea Rebecca Silva entra na disputa, logo mais, às 23h. Candidata ao pódio, mas não exatamente favorita, a dupla com Ana Patrícia pode conquistar uma medalha e aumentar o estoque cearense.

Quem tem um longo caminho pela frente para brigar por pódio é a seleção feminina de handebol, da cearense Adriana " Doce". A estreia veio com um bom resultado: empate com o Comitê Olímpico Russo, das atuais campeãs olímpicas. Passando por renovação e sem o peso do favoritismo, as brasileiras estão no grupo da morte, com ainda Hungria, Espanha, França e Suécia. Se o pódio vier, será uma surpresa.

A seleção feminina de vôlei também passa por um processo de mudanças. Das 12, apenas quatro já têm bagagem olímpica. A estreia contra a Coreia do Sul foi inconstante. De um início arrasador no primeiro set, fechado em 25 a 10. O susto veio a partir do  final do segundo. José Roberto Guimarães tem boas peças no banco, fez a inversão com Roberta e Rosamaria, no lugar de Macris e Tandara. Deu certo o Brasil fechou em 25 a 22.

Na terceira parcial, o jogo parecia outro. A Coreia chegou a abrir 8 a 3, foi então que a "panelinha do banco" entrou mais uma vez em quadra. A nova inversão foi definitiva e certeira. Roberta e Rosamaria mostraram a que vieram em posições que tinham nomes incertos até a última escalação antes dos Jogos. Mostraram serviço e estão dispostas a conquistar mais espaço na seleção. O terceiro set terminou em 25 a 19 e o Brasil garantiu a vitória por 3 sets a 0.

Show de Rebeca Andrade

Nas Olimpíadas, tem modalidade em que alguns nomes são fenômenos, destoam, dominam. É assim na ginástica artística feminina. Uma lenda, dona de cinco medalhas olímpicas, sendo quatro de ouro, chamada Simone Biles é muito difícil de ser vencida. A tarefa vai ficar por conta da Rebeca Andrade, de 22 anos. Ela, literalmente, deu um show ao som de 'Baile de Favela'. Levou a cultura popular brasileira ao outro lado do mundo.

Impossível não se arrepiar com o que ela representa. Serão três finais, no individual geral, só ficou atrás da Biles. Disputará também no solo e salto. O Brasil terá ainda Flávia Saraiva na final da trave, apesar do susto com o tornozelo machucado, a expectativa é que ela se recupere a tempo de lutar por uma medalha para o Brasil. Entre as mulheres, o País nunca chegou ao pódio, mas em Tóquio isso pode mudar.

Tradição no pódio olímpico: judô brasileiro

De onde sempre se espera medalhas é do judô, modalidade com mais pódios olímpicos. São 22 e a ressalva para essa liderança é a contagem do vôlei de quadra e de praia, separadamente, pois juntos, totalizam 23. O fato é que o caminho de pódios do judô começou com o bronze de Daniel Cargnin, na categoria até 66 kg. A modalidade que não chega a Tóquio com o mesmo favoritismo de edições anteriores, ainda tem bons candidatos brasileiros. Mayra Aguiar (até 78kg), Maria Suelen (acima de 78kg) e Rafael Silva (acima de 100kg), podem medalhar. A novidade, que é a prova por equipes também pode resultar em pódio.