O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) entrou forte na oposição ao governo do petista Elmano de Freitas, iniciado em janeiro passado. Em declaração nesta sexta-feira (10), o tucano disse haver “fisiologismo” e “clientelismo” nos atos iniciais da gestão e que, pelo que tem feito até aqui, significa “retrocesso” ao Estado.
Tasso Jereissati concluiu o segundo mandato como senador no último dia 31 de janeiro. No segundo turno da eleição 2022, ele apoiou o nome do presidente Lula contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde então, entretanto, Tasso tem sido um crítico das medidas adotadas pela gestão do petista no Palácio do Planalto.
Este foi o primeiro posicionamento crítico de Tasso em relação ao novo governo no Ceará. Além do Executivo, o tucano não poupou críticas à Assembleia Legislativa. Segundo ele, a Casa está calada por ser "cooptada"
“Agora mesmo, vi o governador criar 13 novas secretarias e não vi ninguém dizer nada. Os primeiros meses do governo indicam caminhos completamente diferentes do que eu considero importantes para o Estado”, disse o ex-parlamentar.
Tasso foi o palestrante de um evento promovido pela Associação dos Jovens Empresários do Ceará (AJE) em um restaurante no Meireles em Fortaleza. Ele falou de sua trajetória política e empresarial e como conseguiu conciliar as duas atividades.
No ato, além das críticas ao governo, ele fez convocação para que os empresários participem da vida política. “Tudo isso que estou falando afeta o futuro de vocês”, alertou.
Novo filiado
Ao lado do ex-senador estava o vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, recém-filiado ao PSDB.
A chegada de Élcio é parte de um processo de renovação do partido no Ceará, disse Tasso Jereissati.