Tasso confirma que não será mais candidato; Camilo disputará cadeira ocupada por ele no Senado

Aos 73 anos, o senador e ex-governador disse que o seu partido, o PSDB, está alinhado ao grupo governista local

O senador cearense Tasso Jereissati (PSDB) confirmou, na manhã desta segunda-feira (21), que não deverá ser mais candidato a cargos públicos. Isso não significa, diz ele, que sairá da vida pública. Tasso está organizando uma reestruturação do seu partido para as eleições deste ano e também disse que está “alinhado ao projeto político do PDT, comandado pelo governador”.

Desde setembro do ano passado, o senador cearense começou a falar abertamente sobre a possibilidade de não ser mais candidato. Aos 73 anos, Jereissati foi governador por três mandatos e senador da república duas vezes. Ele liderou um projeto político destacado no Ceará, com reconhecimentos nacionais e até internacionais.

“Quando falo que não sou mais candidato, não é sair da vida pública. Eu devo muito ao Estado do Ceará e, enquanto eu tiver força, tiver saúde, eu estarei trabalhando pelo Ceará”.
Tasso Jereissati
Senador da República

O tucano participou da primeira reunião do Conselho de Governadores do Ceará, liderada pelo governador Camilo Santana, no Palácio Abolição, nesta segunda. Na oportunidade, estiveram presentes além dos dois, Cid e Ciro Gomes, Gonzaga Mota, Chico Aguiar e Lúcio Alcântara.

Izolda Cela, atual vice-governadora, também integrou o grupo. Ela deve assumir o cargo em definitivo com a renúncia de Camilo no próximo dia 2 de abril.

Estratégias do PSDB

Tasso destacou, ainda, os entendimentos relacionados ao partido que lidera no Estado, o PSDB, para a eleição deste ano. Segundo ele, as conversas estão avançadas com o grupo governista.

“Nossa identidade é com a aliança do PDT, liderada pelo governador já que há diferenças bastante grandes em relação a outras candidaturas”, disse ele.

Ainda nesta segunda, o tucanato local passará por uma mudança. O comando estadual passará a ser do suplente de senador Chiquinho Feitosa. O partido tenta se reestruturar para chegar competitivo à eleição de outubro.