Roberto Cláudio diz que convidou o PT para seus dois mandatos na Prefeitura e faz sinalização ao MDB

Pré-candidato do PDT, o ex-prefeito de Fortaleza faz visita a municípios do Cariri, um reduto político do petismo no Estado

Em rodada de visitas a municípios do Cariri, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, pré-candidato do PDT ao governo do Estado, disse que, apesar das divergências na Capital, convidou o PT para fazer parte das suas duas gestões na Prefeitura. O pedetista também fez uma sinalização em favor de conversas com o MDB de Eunício Oliveira e disse querer ser “instrumento de paz e não de divisão” na aliança.

Durante entrevistas na região, Roberto Cláudio foi questionado sobre as relações com o PT, diante do possível veto de algumas lideranças petistas ao seu nome. E falou algo incomum para as declarações que têm feito em relação a convites ao partido.

“Em Fortaleza, tivemos três eleições do PDT contra o PT. Eu mesmo convidei o PT para participar do meu governo, duas vezes. mesmo após a primeira dura eleição de 2012. Ali eu convidei porque entendia que a aliança deveria ser maior do que as divergências pontuais. E tenho defendido que manter a aliança é fundamental para o ceará. E não é um fim em si mesmo, ela é um meio. Faz parte da tática eleitoral e que faz o Ceará avançar”.
Roberto Cláudio
Ex-prefeito de Fortaleza (PDT)

O ex-prefeito destacou, inclusive, que independentemente de ser candidato ou não, vai defender a manutenção da aliança entre os dois partidos. A sinalização de Roberto Cláudio ocorre em uma região em que, historicamente, o PT mantei forte base eleitoral e na região berço político de Camilo Santana.

Durante a agenda no Cariri, um dos compromissos foi uma palestra no município de Juazeiro do Norte com a participação do vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Santana, concunhado e aliado de primeira hora do ex-governador Camilo.

Conversas com o MDB

Rompido com o MDB desde a Eleição 2018, quando Eunício Oliveira foi derrotado ao Senado, Roberto Cláudio diz que não há nenhuma restrição a qualquer dos aliados do governo Camilo para o Diálogo.

“Sentarei com o Eunício, quando possível, se tiver oportunidade. A gente precisa construir uma aliança mais forte possível. Não tenho nenhuma dificuldade de diálogo com quem quer que faça parte da aliança que apoia o Camilo. Faz parte do meu papel de pré-candidato e ajudar nesta dinamica, ser um instrumento de paz e não de divisão”, diz ele.