O coronavírus e a tempestade política

Em momento de apreensão, a pandemia do coronavírus tem componentes preocupantes, mas não é a culpada pela crise política pela qual passa o Brasil. Longe disso. O País enfrenta turbulências desde 2014, quando da reeleição de Dilma Rousseff. A situação política, entretanto, se agravou desde a chegada de Bolsonaro ao poder. A despeito de méritos e deméritos da gestão em curso, Bolsonaro tem utilizado a tática da beligerância, do fomento aos conflitos, das provocações, o que acaba tendo algum reflexo na sociedade. O Planalto transformou-se em uma máquina de gerar crises. Na última, no domingo (15), o presidente Bolsonaro, a despeito de ter desestimulado os atos na semana passada, exibiu imagens nas redes e chegou a ter contato com manifestantes em Brasília, mesmo estando com recomendação de quarentena, sob riscos do coronavírus. A postura do presidente indicou uma compreensão de que o projeto de poder se sobrepõe a qualquer coisa. A atitude só causa divisão, num momento em que há necessidade de coesão das forças públicas e privadas para superação da crise.

Estado em emergência

Há uma série de medidas tomadas pelo poder público para tentar conter o vírus. Ontem, o governador Camilo Santana decretou estado de emergência em Saúde Pública, o que mostra a gravidade da situação. Há ações coordenadas com as prefeituras, inclusive na Capital, porém, algumas coisas ainda causam espanto. Em contato com esta coluna, uma fonte informa que, na última sexta (13), ao menos um passageiro procedente do Norte da Itália, uma das regiões mais afetadas pelo coronavírus, desembarcou na Capital sem providências e nem recomendação de quarentena. Um risco imenso de contaminações.

Manter a Calma

Entre os políticos, há uma histeria semelhante ao que tem ocorrido na sociedade. Há motivos para preocupação, mas é necessário manter a calma, colher informações certas, buscar fontes confiáveis e seguir o protocolo que as autoridades médicas estão recomendando. Se alimentar bem, adotar medidas de higiene pessoal como lavar as mãos, evitar aglomerações são atitudes fundamentais. É preciso também evitar uma corrida às unidades de saúde, a menos que haja recomendação médica.

PT avança no Cariri. O partido deve filiar, na próxima sexta-feira (20), o prefeito do Crato, Zé Ailton Brasil. Ele se prepara para concorrer à reeleição em um dos principais municípios do Ceará. Zé Ailton tem o apoio do governador Camilo Santana. O partido também quer ter candidato para concorrer à Prefeitura de Juazeiro do Norte, a principal cidade do Cariri. O vice-presidente da Assembleia, deputado Fernando Santana, é cotado para disputar o cargo. Por enquanto, ele nega.

Cidadania prepara uma chapa que considera “forte” para a disputa das vagas de vereador na Capital cearense. O vereador Michel Lins deve ser o único vereador de mandato, mas o partido aposta em muitos nomes com potencial para 3 mil votos. O presidente estadual da legenda, Alexandre Pereira, diz que o Cidadania trabalha para eleger até três vereadores nestas eleições. Enquanto alguns partidos têm dificuldade de fechar o número total de candidatos, Pereira diz que a sigla tem “candidatos sobrando”