Na visita técnica em que convidou parlamentares para acompanharem a conclusão das obras físicas do Hospital Universitário, em Fortaleza, o governador Elmano de Freitas (PT) sugeriu que na placa de inauguração da unidade constasse o nome dos deputados que enviaram recursos para a realização da obra.
A unidade, com mais de 680 leitos, será a maior da rede pública do Estado e já custou R$ 366 milhões aos cofres públicos. O início da operação, entretanto, só deverá ocorrer após as obras urbanas no entorno da unidade e da compra de equipamentos, que entrará em licitação. Nas contas do governador, o valor investido na unidade deve se aproximar de 600 milhões.
A dica do governador, de reconhecer a colaboração dos parlamentares que enviam recursos para obras públicas estruturantes, tem outros dois motivos. O primeiro deles é político. Durante os debates do orçamento da União têm sido comuns as divergências entre parlamentares sobre a destinação das chamadas emendas de bancada.
Esses recursos são direcionados para obras estruturantes, mas uma parte dos parlamentares defendem ter liberdade para indicar a destinação. O Estado, como é de praxe, solicita a metade do montante para algum projeto específico, entre eles, o Hospital Universitário feito graças aos recursos próprios do Estado e ao envio de emendas parlamentares.
A outra motivação do governador é um outro pedido que já fez na manhã desta segunda-feira (9) aos deputados: apoio ao novo Plano Estadual de Atenção à Oncologia. Na última eleição, Elmano prometeu levar o tratamento contra o câncer para as regiões do Interior do Estado.
Tratamento contra o câncer
O projeto, que está praticamente pronto e foi apresentado aos deputados pela secretária Tânia Mara Coelho, prevê disponibilidade de tratamento em cinco macrorregiões do Ceará. Um investimento que deve demandar R$ 279 milhões em 2024.
A meta da Secretaria de Saúde é saltar o número de unidades com atendimento contra o câncer de 8 em três regiões do Estado, para um total de 21 unidades nas 5 macrorregiões de Saúde do Estado em 2027.
A implantação completa das ações, entretanto, dependem do reforço de recursos federais para as unidades.