O deputado federal José Guimarães, líder do grupo majoritário no PT do Ceará, está adotando uma postura de cautela em relação às definições do PDT na disputa ao governo do Estado. O parlamentar, que protagonizou um dos momentos tensos da pré-campanha no grupo governista, com um tom de veto ao ex-prefeito Roberto Cláudio, diz apenas que o PT irá aguardar as definições do partido aliado para analisar os cenários e se posicionar.
Guimarães voltou à Assembleia Legislativa do Estado, onde já ocupou uma cadeira, e conversou longamente com correligionários e integrantes do grupo governista no Estado, inclusive com membros do PDT.
Ele esteve no Legislativo Estadual para a posse do suplente Pedro Lobo (PT) que exercerá o mandato na licença do deputado Elmano de Freitas.
O assunto mais abordado, evidentemente, foi a tratativa para definições da chapa que disputará o governo do Estado. Em contato com este colunista, Guimarães disse apenas que qualquer declaração sobre o assunto só irá ocorrer após a próxima segunda-feira (18) data para a qual está marcada o encontro do diretório estadual do PDT, que deve definir a escolha do partido.
Nos bastidores, entretanto, outros petistas dizem que o cenário favorável à manutenção da aliança é mesmo o caso de Izolda Cela ser a escolhida.
Os pedetistas vivem uma crise interna por conta de divergências geradas por aliados de Izolda e Roberto Cláudio, os dois concorrentes que polarizam os debates internos.
Em maio, com as declarações de Guimarães, o PT apresentou um tipo de “veto” a Roberto Cláudio. Na oportunidade, o parlamentar declarou que se a opção do PDT fosse mesmo pelo ex-prefeito, o PT procuraria “outro caminho”.
A preferência é pelo nome da governadora Izolda Cela. Posteriormente, o ex-governador Camilo Santana engrossou a defesa de Izolda. Enquanto isso, os debates internos no PDT só subiram de temperatura.
Agora, as declarações de Guimarães estão mais comedidas. O compasso de espera sinaliza uma trégua e mostra que o jogo está em andamento.