O encontro regional do PDT ainda está em andamento, mas os fatos que ocorreram durante esta quinta-feira (22), antes mesmo do evento, fizeram a crise interna escalar e o horizonte de pacificação ficar ainda mais distante. A conclusão mais óbvia neste momento é a confirmação do racha e a porta de saída aberta para uma debandada.
Mais cedo, nesta coluna, escrevemos, após ouvir fontes, que o evento desta noite tinha potencial de transformar a divergência em algo mais sério. E isso não vai acontecer à noite porque se confirmou antes disso. Pelos fatos que narraremos a seguir.
Mais cedo, o senador Cid Gomes e o presidente nacional e estadual da sigla, André Figueiredo, tiveram uma reunião na presença de pedetistas que são próximos de Cid e que, na eleição passada, deram votos a André para deputado federal.
A ideia era convencer o presidente a passar o comando ao senador no sentido de tentar pacificar a sigla. A articulação não surtiu efeito esperado. Segundo apurou esta coluna, até o ministro da Previdência, Carlos Lupi, foi envolvido no assunto.
Após a negativa, correligionários ligados a Cid Gomes foram comunicados que o senador não mais iria ao encontro regional e desaconselhava a ida de aliados. Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa, por exemplo, não compareceu ao evento.
Pouco depois, em entrevista da qual participou este colunista, na live PontoPoder, o ex-ministro Ciro Gomes disparou, como alvo preferencial, em Camilo Santana, mas atingiu, com alguns torpedos, o irmão Cid Gomes.
“Essa faca (da traição do irmão) ainda está ardendo muito nas minhas costas”, disparou o ex-governador.
Toda a entrevista foi cheia de recados e a principal conclusão é que a esperança de alguns de reatar as relações entre as partes está liquidada.