Na próxima semana, provavelmente na terça-feira, dia 8 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá fazer sua quinta visita ao Ceará desde que assumiu o cargo em janeiro de 2019. O chefe do Executivo tem agenda marcada em Jati, no Cariri, para entregar obras hídricas do Governo Federal, ligadas à Transposição do Rio São Francisco.
A agenda de Bolsonaro no Ceará foi repassada pela Presidência da República ao vereador de Fortaleza, Carmelo Neto (Republicanos), e confirmada a esta coluna pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, a quem cabe organizar os eventos da semana que vem.
A nova visita de Bolsonaro ao Cariri - esta será a terceira vez do presidente na região - ocorre em meio à polêmica declaração do presidente que confundiu a origem de Padre Cícero e ainda chamou nordestinos de “pau de arara”. Bolsonaro afirmou que o religioso seria de Pernambuco, mas foi advertido por algum dos assessores presentes: “Desculpa aí, é Ceará”.
Na última visita à região, inclusive, Bolsonaro ergueu uma imagem do “padim” como se fosse um troféu para aplausos da plateia de apoiadores e políticos aliados. Se ganhou pontos positivos com os nordestinos devotos do religioso na oportunidade, o episódio desta semana pode ter tido efeito contrário.
Coincidência ou não, está no Nordeste um dos maiores índices de rejeição ao presidente nas diversas pesquisas de opinião entre as regiões brasileiras.
Na próxima semana, o presidente terá mais uma oportunidade de se situar geograficamente e compreender melhor os hábitos e a cultura do povo nordestino, especialmente do Cariri cearense, o maior centro de turismo religioso no Nordeste.
Além do Ceará, Jair Bolsonaro estará também na Paraíba e Rio Grande do Norte com o mesmo objetivo: entregar obras da Transposição do São Francisco.