Capitão Wagner domina temas da campanha, mas propostas precisam ser mais efetivas; confira análise

Coluna analisa pontos importantes da fala do candidato do União Brasil ao Governo do Estado

O candidato do União Brasil ao Governo do Estado, Capitão Wagner, demonstra domínio sobre os principais temas no embate eleitoral, mas precisa ainda aprofundar melhor os projetos que defende para tentar chegar ao Executivo Estadual. Na série de entrevistas da Verdinha e TV Diário com os candidatos ao governo, Wagner apresentou propostas e comentou temas polêmicos como os motins da Polícia Militar e a relação dele com o presidente Jair Bolsonaro.

Capitão Wagner foi o terceiro e último candidato ouvido no programa Bom Dia Nordeste. Antes dele, Elmano de Freitas e Roberto Cláudio também foram entrevistados.

Há mais de um ano em pré-campanha ao governo do Estado, Wagner está bem treinado nos temas que são urgentes para a população e são de responsabilidade do Estado. Ele foca em Saúde, Segurança e geração de empregos, mas falta deixar mais claras as alternativas em relação ao modelo de gestão do Estado.

Para um candidato de oposição, se espera que faça uma crítica mais contundente às políticas públicas mais problemáticas, como o caso da Segurança Pública. Entretanto, uma parte das propostas dele vão em linha semelhante ao atual governo, tanto que ele reafirmou algumas vezes que daria continuidade a alguns projetos em andamento, casos de Educação e Desenvolvimento Econômico.

A relação com o presidente Jair Bolsonaro segue sendo um tema a ser abordado na campanha de Capitão Wagner. Ele segue se esquivando de falar mais efetivamente sobre o fato de ser ou não o candidato de Bolsonaro no Ceará. Ele tem razões para isso: há outros candidatos, inclusive, uma do União Brasil. Entretanto, chama atenção o fato de um candidato ter, como aliado, um presidente da República buscando a reeleição e não querer utilizá-lo.

Por fim, Wagner respondeu com firmeza à indagação sobre a postura dele como governador caso haja um motim da PM, conforme ocorreu em 2012, sob a liderança dele no Ceará, e depois em 2020, quando ele participou da negociação fracassada entre a tropa e o governo do Estado. Ele disse que pretende ampliar o diálogo entre a Polícia e com os demais servidores e que, em caso de motim, o que é ilegal, irá agir de acordo com a lei para punir os culpados.

Veja a análise da entrevista