Rogério Ceni está marcado na história do Fortaleza. O Tricolor do Pici também está marcado na história do ex-goleiro. Essa relação quase simbiótica está em perfeito equilíbrio.
Ao seu estilo, o atual treinador do São Paulo falou dos seus feitos como um agente transformador do Leão. E o faz com total correção, pois, de fato, contribuiu e muito para o momento que o time vive hoje.
Ele conduziu um processo, aliado à diretoria, de reestruturação e de consolidação de uma equipe dentro de campo. Criou uma identidade de ofensividade que até hoje encontra paralelos no trabalho de Vojvoda.
Retorno do Tricolor de Aço
Mas a realidade é que o Fortaleza foi, também, essencial para que Ceni alavancasse o nome em cenário nacional como treinador (como jogador, os feitos falam por si só).
O ex-goleiro não saiu com boa imagem do São Paulo em seu primeiro trabalho como técnico. Se estabeleceu como uma estrela em ascensão na área técnica com os títulos e a identificação criada com o time cearense.
Escorregou na carreira com uma transferência atabalhoada para o Cruzeiro, voltando novamente a se reerguer através do sucesso conquistado em solo cearense.
Novamente voltou a ascender nacionalmente indo para o Flamengo, onde também derrapou. Mas até aí tal simbiose tinha chegado ao fim, como disse antes, em total equilíbrio.
Não há dívidas de gratidão ou coisa que o valha na relação Ceni-Fortaleza. Ambos seguem as suas vidas cientes do que cada 'entidade' representou na história e vida que segue.