Exemplo do Flamengo: estratégias para volta do público precisam ser diferentes

Torcida não compareceu à partida como se esperava

O jogo entre Flamengo e Defensa y Justicia, válido pela Libertadores e encarado por muitos como o pontapé do retorno do público pagante aos jogos do futebol brasileiro, foi observado por todo o País, inclusive com a presença física de profissionais do Ceará Sporting Club e da Federação Cearense de Futebol (FCF).

E o saldo dessa primeira incursão pode ser encarado como questionável. Pouco mais de um terço dos ingressos disponibilizados foram vendidos, mesmo com todo apelo, saudade, importância de um jogo do time de maior torcida do País. Foram apenas 5 mil pessoas.

O preço médio do ingresso ficou na casa de R$ 150, valor muito acima do ticket médio normal de um jogo de futebol brasileiro. Ainda se fazia necessária a apresentação de um exame RT-PCR, que também não é barato (caso não houvesse vacinação completa).

Como seria no Ceará?

Tanto Ceará, como Fortaleza terão de propor saídas para alguns gargalos. Os sócios torcedores dos times (os que ainda permanecem nos programas) precisam ser prestigiados, mesmo com a necessidade das equipes de criar nova receita urgente. Terá espaço para todos? Quem vai ganhar o direito de ir ao estádio?

As estratégias podem ser variadas, pois o momento é de total novidade, mas uma coisa é certa: os clubes precisam faturar. E abrir uma fração do estádio somente para sócios existentes vai ampliar os gastos já existentes na operação de jogo, embora no médio prazo haja um reforço no programa.

Cobrar um ingresso caro pode ser uma saída, mas a polêmica com sócios e com a torcida em geral será inevitável. Outro desafio é convencer o torcedor da segurança dos protocolos. Vai ser necessário muito mais que apelo ao amor à camisa.