Quatro jovens empreendedores cearenses - Felipe Romcy, Alberto Saboia, Gustavo Cerqueira e Yuri Cavalcante - com idade média de 36 anos, vocacionados para o mercado financeiro, uniram-se e criaram, em 2010, a Aplix,, um Hub de Soluções Financeiras, que hoje cuida, na correta acepção do termo, dos ativos de pessoas físicas e jurídicas de diferentes portes, cujo patrimônio varia de R$ 10 mil a R$ 50 milhões.
Eles atuam em um mercado que, no Ceará, é povoado por 15 outras empresas, das quais só quatro são cearenses.
Tratar do dinheiro dos outros, multiplicando-o, é uma tarefa que exige permanente e minucioso cuidado, domínio da informação em tempo real, análise cuidadosa e rápida do cenário econômico e financeiro, expertise, acompanhamento e perfeito entendimento dos sinais que emite o mercado de capitais a todo momento e capacidade de entender as ações e as reações do cliente, para o que é vital o conhecimento de sua intimidade – o que inclui, por exemplo, o total dos seus ativos líquidos, isto é, os seus saldos bancários.
“Algo assim só se conquista por meio da mútua confiança, e é esta a nossa vantagem comparativa”, diz Yuri Cavalcante, um dos sócios do quarteto, com o assentimento de seu colega Felipe Romcy, para quem o segredo do êxito de sua empresa é sustentado pela dedicação dos seus 35 colaboradores, a maioria com educação de nível superior, fluente em inglês e nos fundamentos da linguagem e dos processos digitais.
Para esses parceiros internos que demonstram interesse na educação continuada, a empresa subsidia cursos de graduação na Unifor na UniChristus e na Facet, com as quais celebrou convênio.
Alguns funcionários da Aplix entraram nela como estagiários e hoje integram seus quadros societários, “tudo dentro do modelo de partnership”, explica Felipe Romcy.
“Estamos em momento de expansão física e, por isto mesmo, tomamos uma providência: estamos mudando nosso endereço para o edifício BS Design, onde ocuparemos 10 salas, com área total de 350 metros quadrados, e vamos abrir nossa primeira filial na região Sudeste”, anuncia Felipe Romcy.
A Aplix, que é registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tem 1.300 clientes localizados em 23 dos 27 estados da Federação. Como a empresa expandiu-se e agora avança no Sudeste do país, seus quatro sócios decidiram, também, abrir, neste primeiro semestre, uma filial em São Paulo, principal praça financeira do país, para o que estão em processo de escolha de um parceiro do mercado local.
O escolhido deverá passar pelo que Felipe Romcy e Yuri Cavalcante chamam de “aculturação”, ou seja, ele terá de apropriar-se dos conceitos da empresa, cujo fundamento está no relacionamento de confiança mútua com o cliente.
Esta coluna sempre disse, e o repete agora: o melhor do Ceará é o cearnse.
FAEC PEDE A ROGÉRIO MARINHO MAIS ÁGUA PARA O CEARÁ
Ontem, em Brasília, o presidente da Federação da Agricultura do Ceará, Amílcar Silveira, reuniu-se com o ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho.
Ele se fez acompanhar de parlamentares federais cearenses.
Silveira apresentou ao titular do MDR duas reivindicações: o aumento da oferta de água do rio São Francisco para o Ceará, hoje limitada a 12 metros cúbicos por segundo, e a aceleração do processo de licitação do Ramal do Salgado, último trecho do Projeto de Integração do São Francisco em território cearense.
A licitação do Ramal do Salgado, uma obra que consumirá investimento superior a R$ 600 milhões, aguarda decisão sobre as propostas apresentadas por dois consórcios, que empataram no preço.
O ministro Rogério Marinho, que deixará o cargo no início de abril para disputar uma cadeira de senador pelo Rio Grande do Norte, assegurou que essa questão estará resolvida nos próximos dias.
O presidente da Fiec também esteve no Ministério do Meio Ambiente, apresentando outra reivindicação importante para a economia do Ceará: a emissão da Licença Ambiental para que comecem os trabalhos de extração e aproveitamento industrial do urânio e do fosfato da já famosíssima e inexplorada mina de Itataia.
O fosfato é uma das matérias-primas que entram na fabricação de fertilizantes, um insumo de que precisa, urgentemente, a agricultura brasileira, que perdeu os seus maiores fornecedores, a Rússia e a Ucrânia, que estão em guerra.
A INQUIETUDE DE ÉLCIO BATISTA VIROU LIVRO
Hoje, às 18 horas, na livraria Coração Selvagem, na Praia de Iracema, o sociólogo e vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, lançará seu livro “Para Pensar”, uma coletânea de textos para pensar o Século 21.
Dono de uma alma inconstante, permanentemente inquieta com as rapidíssimas mudanças que se registram na sociedade daqui e do resto do mundo, Élcio Batista observa o presente relendo o passado, no exato momento em que as ideias voltam a predominar sobre as narrativas.
Escrito antes de a Rússia invadir a Ucrânia – reacendendo o perigo de uma terceira guerra mundial que poderá levar à destruição do planeta se for usado o arsenal nuclear dos EUA, Rússia, Reino Unido, China, Coreia do Norte e Israel – o livro de Élcio Batista aborda temas atuais, desde as “fake news” às cidades inteligentes.
Ilustrado por um craque do desenho, o uruguaio Gervasio Troche, o “Para Pensar” será apresentado pela professora Irlys Barreira, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFC.