Sem reformas economia do Brasil não crescerá, diz Macedo

Segundo o consultor Alcântara Macedo, a pandemia desestruturou a produção, elevou os custos governamentais e provocou uma queda do PIB brasileiro em torno de 4,5% e um desemprego de 14%

Para o economista cearense Alcântara Macedo, um requisitado consultor e fomentador de negócios (foi ele que trouxe para cá a Silat - Siderúrgica Latino Americana, recentemente comprada pela Gerdau), a pandemia do coronavírus foi “um freio de arrumação que desestruturou a produção, elevou os custos governamentais e provocou uma queda do PIB brasileiro em torno de 4,5%, um desemprego de 14% e, consequentemente, a redução da demanda agregada, o que fez desaparecer milhares de empresas”.
 
Mais direto e duro no diagnóstico, impossível.
 
Ele, porém, enxerga na crise algumas lições, que, se bem exploradas, serão positivas.
  
Macedo vê boas perspectivas:
 
“O Brasil tem a maior reserva cambial da América Latina (US$ 354 bilhões), parte da qual poderá ser usada em investimento em infraestruturas; tem um agronegócio competitivo e em linha com a melhor tecnologia, o que pode atrair grandes investimentos; dispões de um mercado de 212 milhões de consumidores, abaixo apenas do norte-americano; e tem matérias primas importantes”.
 
O que falta então? – pergunta a coluna.

Alcântara Macedo responde:
 
“Que o Legislativo aprove e o Executivo implemente as reformas tributária, fiscal, administrativa e política, acompanhadas de um programa de atração de investimentos com fundamentos liberais e um marco regulatório que ofereça ao investidor segurança jurídica. E que, por fim, tudo isso tenha um compromisso social”. 

A questão da segurança jurídica – é a opinião desta coluna – terá de ser combinada com os russos do STF.
 
E para terminar: Macedo anuncia que terá, em janeiro, “duas conferências com investidores estrangeiros interessados em investir no Brasil”.

BANANICULTURA

Atenção! A “Sigatoka Amarela”, uma das duas grandes pragas que ameaçam a bananicultura do mundo (a outra é a “Sigatoka Negra”), poderá dizimar o que ainda resta dos bananais cearenses.
 
A “Sigatoka” multiplica sua ação destruidora quando encontra umidade.
 
Pois bem: a estação das chuvas está se aproximando, e o pior para a bananicultura do Ceará deverá acontecer se o Governo do Ceará e seus poderes Legislativo e Judiciário não tomarem uma providência legal que torne sem efeito a Lei estadual, sancionada há dois anos, que proibiu a pulverização aérea das culturas agrícolas.
 
Com claro objetivo ideológico (inviabilizar a fruticultura e a horticultura empresariais no Ceará) essa Lei simplesmente triplicou os custos de produção da banana.
 
“Teremos um Ano Novo com sigatoka”, diz um grande e decepcionado bananicultor, cuja empresa dá emprego estável a centenas de pessoas.
 
Este é um contencioso que dificulta a relação do Governo do Estado com os empresários do agronegócio; outro contencioso é a insegurança de oferta hídrica.
 
E-COMMERCE 

Entre os dias 1 e 25 de dezembro, as pequenas e médias empresas (PMEs) aumentaram em 220% o seu faturamento, que saltou de R$41 milhões no mesmo período de 2019 para mais de R$132 milhões neste ano.
 
Este resultado é baseado no banco de dados da Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina com mais de 70 mil lojas ativas na região e com  foco prioritário nas PMEs.

SEM LICITAR

Ainda não foi publicado o Edital de Licitação para as obras de construção do Ramal do Apodi, penúltima etapa do Projeto S. Francisco de Integração de Bacias que beneficiará o Rio Grande do Norte (a última será o ramal do Salgado, que interessará ao Ceará e aos cearenses). 

O ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, acenara com a possibilidade de publicar o edital ainda neste fim de ano, porém até ontem isso não havia acontecido. 

COMBUSTÍVEIS 

Em articulação coordenada pelo senador Jean-Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, a Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Bicombustíveis (Brasilcom), que representa 46 distribuidoras de combustíveis, solicitou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a suspensão temporária do programa de privatização das refinarias da Petrobrás. 

A Brasilcom pede ao órgão que as vendas somente prossigam “quando forem estabelecidas regras de transição com medidas que salvaguardem a boa e saudável concorrência, e que protejam o mercado de distribuição de práticas anticoncorrenciais com seus nefastos impactos no bolso dos consumidores de combustíveis".

Mas que boa e saudável concorrência existe hoje ou existiu ontem nesse mercado de combustíveis? 

Os preços nos postos de gasolina são acertados ou em jantares ou pelo telefone. 

EM ALTA

Seguem em alta as bolsas do mundo. 

As asiáticas, mais uma vez, fecharam valorizadas nesta terça-feira. 

As europeias operam em alta nesta manhã. 

Ontem, as dos EUA fecharam em altas históricas. 

Consequência do início da vacinação nos principais países e pelo pacote bilionário (em dólar) do governo norte-americano para estimular a economia do país. Deverá ser também a tendência da B3 brasileira.