Rapadura gigante vira ponto turístico na beira da CE-040

Pesando seis toneladas e meia e com medidas impressionantes, esse gigantesco doce oriundo do mel da cana de açúcar está em exposição, atraindo turistas e curiosos.

Empresário com atividades em diferentes áreas da agropecuária e da indústria no Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, Cristiano Maia e sua esposa Luzia saborearam ontem alguns produtos típicos da agricultura – a rapadura e seus derivados.

Foi no Engenho O Bari, na margem Oeste da duplicada rodovia CE-040, na geografia do município de Pindoretama, entre Aquiraz e Cascavel, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Sempre que vão à sua fazenda Potiporã, em Pendências, no vizinho Rio Grande do Norte, a maior da carcinicultura brasileira, o casal, na viagem de volta, faz uma parada n’O Bari, que é, a um só tempo, um engenho que transforma o mel da cana de açúcar em vários tipos de rapadura, e um bem projetado minimercado que vende produtos derivados, incluindo a cocada.

Mas o que chama a atenção de quem visita o Engenho O Bari é uma gigantesca rapadura, que, protegida por uma bem cuidada capa de plástico transparente, está em permanente exposição, surpreendendo os que duvidavam de sua existência.

Essa rapadura pesa 6.500 quilos (seis toneladas e meia), mede 6,5 metros de comprimento, 1,6 metro de largura e 46 centímetros de altura. Para a sua confecção, foram utilizados, 10.250 litros de caldo de cana.

O local virou ponto de atração turística e centenas de pessoas, em viagem pela CE-040, fazem o que fizeram Cristiano e Luzia Maia: uma escala obrigatória n’O Bari.

Mas os pindoretamenses já confeccionaram, em 2023, uma rapadura ainda maior, tão grande que foi parar no Guinness Book Records, o livro dos recordes. Feita por três equipes que se revezaram 24 horas, essa rapadura recordista teve 9.820 kg de peso, 4,16 metros de comprimento, 2.10 metros de largura e 0.90 centímetros de altura.

“Sempre que passo aqui, paro e entro para ver os grandes tachos em que é fervido o caldo da cana, para acompanhar o trabalho manual dos rapazes e moças que enchem as formas para a confecção das rapaduras e para comprar para meus filhos e netos esses deliciosos produtos”, com explica D. Luzia Maia sob o olhar afirmativo do marido Cristiano – eles celebrarão no próximo ano Bodas de Ouro matrimoniais.

Para ilustrar: em 2017, segundo o IBGE, o Ceará produziu em rapadura o equivalente a 3.175 toneladas, em 342 engenhos. Em 2006, porém, essa produção havia sido maior: 5.511 toneladas em 767 engenhos.

Há uma causa para essa redução: fecharam quase todos os engenhos de cana do Cariri. O cultivo da cana de açúcar no Sul cearense caiu em quase 80%.