Maia, despedindo-se do governo, diz: Futuro do Ceará já chegou

Numa conversa descontraída com esta coluna, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho cita a perseverança do governador Camilo Santana "que acreditou no nosso trabalho"

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) do governo do Estado, engenheiro Maia Júnior, “o Ceará não tem mais volta, ele entrou no caminho da inovação tecnológica, da atração de grandes investimentos nacionais e estrangeiros, da produção de energias renováveis e do Hidrogênio Verde e, como consequência, avança nos vários setores da atividade econômica, incluindo o agronegócio, o turismo e a telecom e o TI (o Hub de tecnologia).

Prestes a encerrar sua missão à frente da Sedet, Maia Júnior chega a emocionar-se ao listar o que, sob sua liderança – “com o apoio pessoal e direto do governador Camilo Santana e da governadora Izolda Cela”, e de uma equipe de profissionais que foi montada na Sedet e vinculadas, como ele faz questão de sublinhar – fez avançar a economia cearense.

“O Ceará e os cearenses chegamos a um estágio sofisticado de reivindicação. Hoje, nossos sonhos e aspirações estão ligados à moderna tecnologia, graças à qual nossa indústria têxtil produz e exporta fios sintéticos e de algodão para várias partes do mundo. 

“Temos aqui a empresa líder do mercado latino-americano de massas e biscoitos; está no Ceará a maior produtora e exportadora mundial de melão; é cearense o maior criador de camarão do país; são do Ceará as líderes do mercado nordestino de produtos lácteos e café; é cearense a empresa líder do mercado nacional de águas minerais; e somos o segundo polo processador de trigo do país.

“Está no Complexo Industrial e Portuário do Pecém a mais moderna siderúrgica do país; está aqui a maior importadora brasileira de aços planos; está em Fortaleza o maior entroncamento mundial de cabos de fibra ótica, ligando o Ceará e o Brasil aos cinco continentes. 

“Quando, orgulhosamente, faço estas referências, o que me move é a intenção de mostrar que temos uma grande fronteira de oportunidades a explorar. Ou seja, para o desenvolvimento do Ceará, o Céu é o limite”, afirma Maia Júnior.

Numa conversa descontraída com esta coluna, o secretário Maia Júnior – apaixonado torcedor do Fortaleza Esporte Clube – cita a perseverança do presidente do “tricolor de aço”, Marcelo Paz, que manteve o técnico argentino Juan Pablo Wojvoda no comando da equipe, mesmo passando 8 rodadas na lanterna da Série A do Campeonato Brasileiro e quase todo o primeiro turno do torneio na zona de rebaixamento. 

"Essa persistência, sustentada por um trabalho bem planejado e bem executado, levou o Fortaleza, pela segunda vez consecutiva, à Copa Libertadores da América", lembra Maia.

“O governador Camilo Santana perseverou, acreditou no nosso trabalho e, com a governadora Izolda Cela, colhe hoje os bons frutos desse esforço: são 24 Memorandos de Entendimento já celebrados com grandes corporações brasileiras e estrangeiras, cujos investimentos, somente na produção do H2V no Hub do Pecém, somam cerca de US$ 100 bilhões, ou algo perto de meio trilhão de reais, sem falar no que será investido em projetos de geração de energia solar fotovoltaica e eólica onshore e offshore”, recorda ele.

Maia Júnior alcançou o que nenhum outro secretário do governo estadual cearense obteve: o direito de ele mesmo organizar sua equipe, de modo profissional. 

Seus secretários executivos foram arrebanhados pelo mérito técnico, não havendo interferência da política e dos políticos. 

O resultado dessa mudança está à vista e seu último evento foi a decisão do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação, que aprovou o projeto de implantação de uma refinaria de petróleo na geografia da ZPE-Ceará, dentro do Complexo do Pecém.

“Na nossa frente, à média e curta distâncias, temos grandes projetos prontos para ser implantados, entre os quais cito o da exploração da mina de urânio e fosfato de Itataia; o da instalação de 21 parques eólicos dentro do mar cearense; o da implantação de usinas solares fotovoltaicas na região do sertão; o da retomada da cotonicultura nas Chapadas do Apodi e do Araripe, no Cariri; o da instalação, já em andamento graças à parceria com a Fiec/Sinai, de um centro de qualificação de pessoal para as empresas que produzirão H2V no Pecém.

"Posso afirmar, com absoluta segurança, que o futuro da economia do Ceará já chegou”, sentencia o secretário Maia Júnior.