Indústria opera a plena capacidade no Ceará

Indústrias têxteis de fiação e tecelagem e de produção de cimento operam em tempo integral e estão com sua produção no modo vendido. E mais: Qual a missão do novo presidente da Petrobrás?

Duas empresas industriais cearenses – uma da área têxtil de fiação e tecelagem, outra de cimento – estão a operar a plena capacidade. 

A Santana Têxtiles, com fábricas em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, e em Resistência, capital da província argentina do Chaco, produz nos três turnos lá e aqui, e, mais do que isto, está comercializando toda a produção de modo antecipado, como revelou a esta coluna uma fonte da empresa. 

Por sua vez, a Companhia de Cimento Apodi, cujo capital é 50% da gigante grega Titan e 50% da família Dias Branco, mantém sua fábrica de Quixeré, na Chapada do Apodi, produzindo com 100% da capacidade de seu parque industrial. Toda a produção é, igualmente, comercializada no Nordeste e nas demais regiões do país, como informa um ex-dirigente da companhia, com a qual mantém ainda vínculo profissional. 

Quando o consumo de cimento está alto, como agora, é sinal de que, entre outras coisas, vai bem a indústria da construção civil – empregadora intensiva de mão de obra. 

Estas duas informações têm a ver com a que, na sexta-feira-feira da semana passada, divulgou o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), dando conta de que o índice de desemprego no Brasil caiu de mais de 12% em 2018 para 9,4% em abril deste ano. 

Ontem, numa reunião de empresários da indústria e da agropecuária, foi dito que o índice de desemprego deve ser hoje menor do que o apontado pelo Ipea.

“Temos de levar em conta que 10% da população economicamente ativa do país preferem manter-se longe do emprego porque já recebem algum tipo de bolsa do governo, com cujo valor mensal se mantêm. Quando, e se, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) chegar ao índice de desemprego de 8%, pode acreditar que estaremos rondando o pleno emprego, levando em consideração o número dos que, recebendo o auxílio governamental, optam por não trabalhar”, como explicou um industrial.

Na mesma reunião, um fruticultor, produtor de banana na Chapada do Apodi, revelou que abriu 120 vagas na sua empresa, mas até agora o máximo que conseguiu foram 20 pessoas que se declararam desempregadas e aceitaram a oferta do emprego formal, isto é, com carteira assinada e direitos trabalhistas assegurados. As outras 100 vagas permanecem desocupadas por falta de candidatos.

Estamos no fim do primeiro semestre deste 2022 de bom inverno no Ceará, e o que se passa na economia estadual é o que se registra na do restante do país: boa atividade econômica,  moderada em alguns setores e mais acentuada em outros, sendo exemplo disto o aumento da receita tributária da União e dos entes federados, fruto da inflação.  

PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRAS

Qual será a missão de Caio Paes de Andrade, que ontem foi eleito presidente da Petrobras pelo Conselho de Administração da empresa? 

No mercado financeiro e no Palácio do Planalto, o que se ouve é a notícia de que Paes de Andrade tem uma única e exclusiva missão a cumprir: preparar a privatização da maior estatal brasileira, algo que, do ponto de vista de hoje, a menos de quatro meses da eleição presidencial, parece uma missão impossível. 

Por que impossível? Porque, para ser privatizada com sucesso, ou seja, atraindo o interesse dos grandes players mundiais do setor, a Petrobras terá, primeiro, de perder seu monopólio, pois, do contrário, será apenas trocar o monopólio estatal por um privado, opção 100% destinada a manter o “status quo”. 

E o Congresso Nacional não parece disposto a isto, por enquanto. As ações da Petrobras subiram ontem, e as ordinárias nominativas rondaram os R$ 29.