Salmito Filho, secretário do Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo do Ceará, teve uma boa ideia, revelada a esta coluna por uma fonte muito bem-informada: a da criação, no âmbito de sua pasta, da Secretaria Executiva de Empreendedorismo e Inovação, algo que tem tudo a ver com a atualidade e com o futuro próximo da economia cearense.
Ainda é desconhecido o nome de quem será o seu titular.
Mas esta não é a boa novidade que provém da nova gestão da SDE. A boa novidade é a decisão do governador Elmano Freitas, já assumida por Salmito Filho, de transferir para as entidades empresariais da indústria, do comércio e da agropecuária a indicação do titular de cada uma das correspondentes secretarias executivas da SDE.
Assim, esta coluna pode informar que o nome do engenheiro agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro foi eleito, pela unanimidade dos empresários agropecuaristas, para ocupar a diretoria Executiva do Agronegócio, posição que ele ocupa e tarefa que ele desempenha há quatro anos.
A indicação já foi comunicada ao secretário Salmito Filho pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira.
“Sílvio Carlos Ribeiro é o homem certo, no lugar certo, na hora certa”, celebraram o agricultor e industrial Raimundo Delfino Filho e o agroindustrial e pecuarista Cristiano Maia, que parabenizaram a Faec pela escolha.
Por sua vez, o fruticultor e empresário do setor de logística Edson Brok e o floricultor Gilson Gondim, presidente da Câmara Setorial da Floricultura, fizeram questão de destacar o gesto do governador Elmano Freitas, “que abriu a SDE para uma relação mais próxima com o empresariado da agropecuária”, como ambos salientaram.
Por falar no secretário Salmito Filho. Ele foi surpreendido pela decisão do Grupo Guararapes, que, mesmo recebendo todos os incentivos fiscais ofertados pelo governo do Ceará, fechou sua fábrica de confecções na Avenida Sargento Hermínio, em Fortaleza.
Por meio de um curto comunicado publicado em uma rede social e elaborado sob a emoção da surpresa, o secretário da SDE lamentou:
“Muito triste quando uma empresa fecha porque com ela fecham oportunidades sociais e econômicas para a nossa população. O nosso compromisso de trabalho, sob a liderança do governador Elmano, é de apoiar as empresas e atrair ainda mais empresas com o melhor ambiente de negócio possível”.
Por sua vez, a Guararapes, que tem localizado em Natal seu parque industrial, publicou “Nota à Imprensa”, na qual, em redação apressada, diz o seguinte:
“O Grupo Guararapes informa que irá centralizar sua produção fabril em Natal, no Rio Grande do Norte. A decisão faz parte do planejamento estratégico da companhia com foco em otimizar a operação fabril para intensificar eficiência, competitividade e diversificação de produtos.
“O modelo de negócio integrado do grupo permanece inalterado, preservando a cadeia de fornecimento nacional.
“Vale frisar que a Guararapes preza, primordialmente, pelo cuidado e olhar humano, assim todos aqueles que foram afetados por esta decisão já estão recebendo a assistência devida juntamente com um pacote extra para auxiliar nesse período.
“A todos foi oferecido a extensão do plano de saúde pelo dobro do aviso prévio e o valor de meio piso salarial.
"As máquinas de costura industrial foram doadas às costureiras e aos demais foi fornecido um adicional de mais um salário.
“A Guararapes tem uma relação de longa data com o Ceará e seguirá atuando no estado por meio de suas lojas”.
Imaginemos como estão, neste momento, as centenas de famílias cearenses que choram a perda do emprego, em um momento de muitas incertezas quanto ao futuro próximo da economia nacional.