Exclusivo!!! Um dos três maiores conglomerados empresariais do agronegócio do Brasil, o Grupo Amaggi, que produz e exporta grãos para vários países do mundo, inclusive a China, está interessado em produzir fertilizantes e soja no Ceará.
Nesta sexta-feira, 2, altos executivos do Amaggi reuniram-se com o presidente e diretores da Companhia do Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e conheceram também a unidade produtora de Hidrogênio Verde da UDP Brasil, instalada e em operação na área interna da Termelétrica Pecém II.
Uma fonte que acompanhou a reunião no Complexo do Pecém contou à coluna que Gabriel Duarte, gerente da área de energia, e Ricardo Tomczyz, diretor de Relações Institucionais do Grupo Amaggi, transmitiram à diretoria da CIPP a intenção de investir na produção de fertilizante verde, para o que usarão energias renováveis – eólica ou solar fotovoltaica, abundantemente disponível no Ceará.
Ainda segundo a mesma fonte, o presidente do Complexo do Pecém, economista Hugo Figueiredo, apresentou aos executivos do Amaggi todo o potencial do CIPP, detendo-se no projeto de implantação do futuro Hub do H2V no Pecém.
Hugo Figueiredo também expôs os planos de sua empresa para ampliar, mais uma vez, o porto do Pecém, que ganhará uma área específica para a movimentação de gás natural e ampliará o Terminal de Múltiplo Uso (TMUT), que terá espaço para a exclusiva movimentação de equipamentos e máquinas das empresas que implantarão projetos de geração de energia eólica offshore (dentro do mar) no litoral cearense.
Essa nova ampliação começará imediatamente depois que forem conhecidas as demandas das empresas do futuro Hub do Hidrogênio Verde, que se instalarão na geografia da Zona de Processamento para Exportação – a ZPE Ceará.
Os executivos do Grupo Amaggi não disseram, mas esta coluna pode adiantar que o seu projeto de plantar soja no Ceará mira duas áreas no estado: a Chapada do Apodi, onde esse grão já produzido com a mesma alta produtividade do Mato Grosso, e a Região do Cariri, onde o solo e a água do subsolo estão disponíveis para essa cultura.
Os diretores da Amaggi – de acordo com a mesma fonte – gostaram do que viram na UTE Pecém II, onde a EDP Brasil produz H2V em uma planta piloto e onde ela pretende investir para trocar o carvão mineral que move hoje sua usina termelétrica por energias renováveis.
A fonte assegurou à coluna que os executivos da Amaggis ficaram impressionados com a estrutura do Porto do Pecém e com sua estratégica localização geográfica (equidistante dos principais portos da Europa e dos Estados Unidos e muito próximo do Canal do Panamá, que é a ligação com o Pacífico que leva à China).
Na foto que ilustra esta matéria, estão, da esquerda para a direita: Rebeca do Carmo, vice-presidente financeira da CIPP; Gabriel Duarte, gerente da área de energia da Amaggi; Hugo Figueirêdo, presidente da CIPP; Ricardo Tomczyz, diretor de Relações Institucionais da Amaggi; Cibele Gaspar, da Nexxi Assessoria; André Magalhaes, diretor da CIPP; Fábio Grandchamp, diretor da CIPP; e Eugênio Vieira, da Apsv Advogados.