Nesta quinta-feira, 13, o Brasil alcançou a marca de 14 gigawatts (GW) de capacidade em geração própria de energia elétrica, também chamada de Geração Distribuída (GD).
Com essa marca, a GD atingiu a mesma potência instalada da usina de Itaipu - a maior hidrelétrica em operação no Brasil - responsável por cerca de 10% da energia consumida no País.
De acordo com Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), “esse é um marco histórico para a GD". Itaipu levou aproximadamente 10 anos desde o início de sua construção, em 1974, até a operação da primeira turbina, em 1984, e contou com cerca de 40 mil pessoas trabalhando para realizar as obras.
A geração própria de energia levou os mesmos 10 anos para alcançar a capacidade de Itaipu, e também fornece energia limpa e renovável para o Brasil. A GD, porém, possui mais de 1,3 milhão de unidades geradoras de energia, espalhadas por praticamente todos os municípios do país, e emprega hoje mais de 400 mil pessoas em várias etapas da cadeia”.
Além de consolidar sua expansão, a geração de energia pelos próprios consumidores acrescentou 1 GW de capacidade ao sistema (de 13 GW para 14 GW) em apenas 38 dias, o crescimento mais rápido já registrado.
Segundo Chrispim, “2022 é o ano da geração própria de energia no Brasil, como já era previsto, pois presenciamos uma aceleração sem precedentes nesse segmento. Nesse ritmo, devemos chegar a cerca de 16 GW até dezembro e alcançar novas Itaipus nos próximos anos”.
A matriz solar, puxada pela geração própria de energia, que responde por cerca de 68% da potência dessa modalidade, alcançou a terceira posição entre as principais fontes de energia em potência instalada no País, com chances reais de alcançar, em breve, a segunda posição, ocupada hoje pela energia eólica. Dos 20 GW de capacidade da matriz solar brasileira, cerca de 13,8 GW são provenientes da geração própria de energia.