No dia 9 do próximo mês de maio, no La Maison Dunas, a Fiec promoverá o que já está sendo denominado de superfesta do Dia da Indústria, quando serão homenageados com a Medalha do Mérito Industrial não apenas os quatro escolhidos neste 2024, mas também os três eleitos em 2023 – que foram os empresários Cristiano Maia, Roberto Pessoa e Aline Telles Chaves.
Esta coluna, que ontem publicou o perfil dos medalhistas deste ano, publica agora o dos agraciados do ano passado. Que são os seguintes:
Cristiano Maia, o empresário de múltiplas atividades. Ele atua na indústria da construção pesada e na de ração para animais, na agropecuária, na criação de cavalos de raça, na construção civil e na carcinicultura, sendo o maior criador de camarão do país. É o dono do Grupo Samaria, conjunto de empresas que atuam no Ceará, no Rio Grande do Norte e em Pernambuco, dando emprego direto a quase 3 mil pessoas, metade das quais em sua Fazenda Potiporã, no município de Pendências, no Litoral Oeste potiguar.
Nessa fazenda, que tem 1.500 hectares, área quase toda coberta por viveiros de criação de camarão abastecidos por água marinha, Cristiano Maia instalou o mais moderno laboratório técnico-científico do país para a produção de pós-larvas que são comercializadas para carcinicultores de todo o Nordeste. Esse laboratório, no qual trabalham também especialistas estrangeiros, cuida, ainda, de combater, preventivamente, a praga da “mancha branca”, uma grave doença que ataca as populações de camarão. Graças às providências preventivas adotadas pelo laboratório da Fazenda Potiporã, a mancha branca está há cinco anos sem casos registrados no Nordeste do Brasil.
No ano passado, Cristiano Maia investiu alguns milhões de reais na ampliação de seu parque industrial em Maracanaú, onde está sua fábrica de rações para bovinos, equinos, suínos, aves e peixes. Uma fábrica semelhante ele também tem em Goiana, cidade localizada entre João Pessoa e Recife, na margem da rodovia federal BR-101.
Sua Construtora Samaria, por sua vez, segue fazendo o que sempre fez: construindo novas e conservando antigas rodovias, principalmente na geografia do estado do Ceará. Ele também cria, no Vale do Jaguaribe, gado bovino de corte e de leite e ainda produz alimento para o seu rebanho. Em São Paulo, Cristiano Maia tem um haras, onde cria e comercializa cavalos de raça. “É uma atividade que dá imenso prazer, mas nenhum lucro”, ele faz logo questão de dizer.
Cristiano Maia é um homem dedicado à família e é pouco visto em eventos sociais, mas tem intensa atividade nas entidades empresariais das quais faz parte. Declara-se otimista com o Brasil, mas preocupado com o governo.
Aline Telles Chaves é, hoje, a líder do Grupo Telles, fundado pelo seu pai, Everardo Telles, com intensa atividade na agroindústria no Ceará, no Rio Grande do Norte e no Tocantins, onde tem uma gigantesca fazenda onde, além da criação de mais de 15 mil cabeças de gado bovino para corte, desenvolve, sob orientação da Embrapa, a integração lavoura, pecuária e floresta.
Roberto Pessoa, prefeito de Maracanaú, é um político de sucesso, mas, antes de tudo, um avicultor dedicado plenamente à atividade e, também, um agropecuarista com prestígio nas esferas federais em Brasília, principalmente no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Foi deputado estadual e federal, ganhando o respeito e a admiração de todo o universo da avicultura cearense.
Como empresário, destacou-se por transformar sua Emape – empresa de avicultura com granjas no município de Tianguá, na Chapada da Ibiapaba – numa das melhores do estado. Seus produtos – ovos e cortes selecionados de aves – estão em todas as gôndolas das redes cearenses de supermercados. O presidente da Federação da Agricultura do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, diz e repete que, se o Ceará tivesse mais dois Roberto Pessoa, sua agropecuária estaria entre as maiores do país.
São esses três empresários – uma mulher no meio deles – os homenageados da Fiec em 2023 com a Medalha do Mérito Industrial, que neste ano será entregue.