Amanhã, quinta-feira, 15, o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, receberá em seu gabinete a vice-presidente de Investimento e Hidrogênio Verde da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Camila Ramos.
Os dois tratarão do potencial econômico, social e ambiental dos projetos que usarão o hidrogênio verde (H2V) no território cearense e no País.
A vice-presidente da Absolar estará acompanhada do presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk, que, na ocasião, representando também a Fiesp, apresentará a proposta de um acordo de cooperação entre a representante do setor solar e as entidades das indústrias de São Paulo e do Ceará com o objetivo de fomentar os projetos com energia renovável para a produção do H2V e assim contribuir para o desenvolvimento sustentável da região nordestina.
A intenção da Absolar e da Fiec é, segundo comunicado da Absolar encaminhado a esta coluna, consolidar o Brasil como grande protagonista mundial na produção de H2V a partir de energias renováveis, como solar e eólica.
Segundo Camila Ramos, o hidrogênio verde tem o potencial de representar de 12% a 22% de toda a demanda de energia no mundo até 2050.
“E o Brasil tem condições de produzir o hidrogênio verde mais barato do planeta, segundo projeções de entidades globais como IEA, IRENA e Bloomberg, dado o grande potencial de geração fotovoltaica”, comenta ela.
“Assim, o hidrogênio verde, vetor energético e combustível primário, limpo e versátil, tem o potencial de tornar-se eixo estratégico na transição energética e na descarbonização da economia global, em diversos segmentos, inclusive em termos geopolíticos”, acrescenta a executiva da Absolar.
O combustível pode ser produzido por meio de eletrolisadores, que, por sua vez, são alimentados por energia elétrica produzida a partir de energia 100% renovável, como a solar fotovoltaica.
"Trata-se de uma grande oportunidade de reduzir emissões de gases de efeito estufa e outros poluentes de vários processos industriais e de outros setores como transporte e setor energético”, acrescenta a vice-presidente da Absolar.