Fortaleza receberá, nos dias 3, 4 e 5 do próximo mês de setembro, o XIV Congresso Brasileiro do Algodão (CBSA), maior evento da cotonicultura nacional, que trará para o Centro de Eventos do Ceará os maiores produtores, os maiores exportadores e os maiores fabricantes de máquinas e equipamentos de 30 países.
O Brasil é hoje um dos três maiores produtores mundiais de algodão e o maior exportador.
O CBA realiza-se de dois em dois anos.
O melhor desta informação vem agora: a Federação da Agricultura (Faec), a Federação das Indústrias (Fiec), o Governo do Estado e a Fertsan – empresa cearense de tecnologia agrícola – mobilizam-se para a instalação de um grande estande nesse congresso, cujo objetivo será o de apresentar aos cotonicultores brasileiros o Algodão do Ceará. Empenhados nessa iniciativa estão o presidente da Faec, Amílcar Silveira, e o secretário do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho.
De acordo com o presidente da Faec, a ideia é reunir, também, os empresários da cadeia produtiva do algodão, incluindo os que fazem o seu beneficiamento industrial, transformando suas fibras longas em fios dos quais se fazem os diferentes tecidos para a fabricação de roupas.
Por que a participação da Fertsan? – indagou a coluna. E a resposta do presidente da Faec veio assim:
“A Fertsan está colaborando com o Ciagro – Centro de Inteligência do Agro do Ceará (Ciagro), instalado e operado pela Faec, que tem, para o nosso setor, a mesma importância e o mesmo objetivo do Observatório da Indústria da Fiec – fornecendo-lhe imagens via satélite que nos orientarão na elaboração do planejamento para projetos específicos de interesse dos municípios cearenses”.
Ele acrescentou que, inicialmente, esses projetos atenderão a 20 municípios, cujos prefeitos receberão da Faec um plano estratégico de ação para a agropecuária local.
“Nossa intenção é qualificar os secretários da Agricultura desses municípios, a fim de evitar o que sempre acontece: nomeia-se para o cargo um vereador que perdeu a eleição, sem nenhuma aptidão ou conhecimento do que é o agro nos dias de hoje”, disse Amílcar Silveira, tornando mais transparente o objetivo da Faec.
A ideia do presidente da Faec e do secretário Salmito Filho é fazer do Congresso Brasileiro do Algodão o cenário nacional para a apresentação do algodão cearense, que, de acordo com os testes feitos pelo moderno Laboratório do Centro Tecnológico da Cadeia Têxtil, instalado pela Fiec na unidade do Senai em Parangaba, tem fibra longa e elasticidade semelhante ao do algodão egípcio, considerado o melhor do mundo.
Em novembro, a Fiec promoverá em Barbalha o Expo Cariri, uma espécie de Pecnordeste em tamanho reduzido, durante o qual “faremos o lançamento do nosso programa de plantio de algodão em 2025”, como antecipou o presidente da Faec.
Amílcar Silveira adiantou que já convidou a Fertsan para que também esteja presente à Expo Cariri, transmitindo sua tecnologia aos cotonicultores da região Sul do Ceará.