Naquele tempo: Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia. Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: 'Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!' Jesus respondeu: "Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?" Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. Os homens ficaram admirados e diziam: 'Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?'"
Reflexão – A tempestade acalmada
O Evangelho da tempestade acalmada nos leva a refletir sobre o grau de confiança que temos na presença de Jesus na barca da nossa vida. Confiar em que Jesus está sempre perto de nós é uma grande garantia para que possamos enfrentar as tempestades que nos abalam. A nossa fé é o termômetro, portanto, o que está à nossa vista ou o que conseguimos tocar não se constitui para nós um sinal de fé. Para viver a fé precisamos ir mais além, mesmo que nada comprovemos nem vejamos, nem sintamos. Não conseguimos ver Jesus literalmente, mas sabemos que Ele está muito perto de nós e age na nossa vida. Mesmo que às vezes venhamos a nos angustiar, necessitamos ter consciência de que Ele está conosco, aparentemente, “dormindo”, mas tem conhecimento de tudo o que se passa conosco. Quando damos lugar a Jesus na barca que nos abriga, conferimos também a Ele a autoridade para intervir e agir em nós em todos os momentos. É importante que também saibamos clamar com confiança, pois Ele espera de nós a expressão do nosso desejo, o nosso apelo e a nossa súplica. É essa, portanto, a oração que devemos fazer nos momentos de sufoco: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” O nosso clamor é um sinal de humildade e reconhecimento da nossa incapacidade. De uma maneira teológica nós sabemos que a Barca é a Igreja de Jesus que navega no mar do mundo. Como Igreja, nós sabemos que existe um chefe Supremo, aqui representado pelo Santo Padre, o Papa, que, inspirado pelo Espírito Santo não a deixará afundar, mesmo passando pelas dificuldades e perseguições do mar revolto do mundo. – Você costuma pedir socorro a Jesus na hora das tempestades, ou você apela mais para o socorro dos homens? – Já aconteceu de você também achar que Jesus está “dormindo” e não o (a) escuta? – O que você considera como tempestade na vida? – Você reconhece a autoridade do Santo Padre, o Papa Francisco?
Helena Colares Serpa – Comunidade Católica Missionária UM NOVO CAMINHO