Há no Ceará, neste momento, uma avalanche de projetos de geração de energias renováveis – solar e eólica, principalmente – os quais, na boleia do anunciado Hub do Hidrogênio Verde do Pecém, pretendem transformar este Estado no maior produtor e exportador brasileiro de energias limpas, o que é absolutamente viável.
Mas é necessário um prévio esclarecimento: Por mais portentosos, por mais sofisticados, por mais potência instalada que possam anunciar, empreendimentos desse porte, para ser implantados, precisam, antes de qualquer outra condição, ter um comprador para a energia que gerarão.
Assim, soa apressado anunciar que o projeto xis produzirá tal potência instalada, se, no mesmo anúncio, não se proclamar a identidade do consumidor dessa energia.
Alguém alegará que se trata de segredo comercial, algo razoável.
Mas há outras perguntas que exigem resposta: quem são os empreendedores desses projetos? Têm tradição na área? Têm dinheiro para encarar os investimentos? Ou são apenas desenvolvedores de projetos à procura de quem invista neles?
Desde quando foi publicado, no dia 25 de janeiro, o decreto presidencial que dispõe sobre a cessão de uso de espaços físicos e o aproveitamento dos recursos naturais para a geração de energia eólica offshore (dentro do mar), levantou-se uma disputa (e põe disputa nisso) entre empresas e empresários com projetos já apresentados à análise do Ibama.
A questão tem dois lados distintos – é o que se percebe pela leitura das redes sociais e dos sites ligados ao setor de energia:
Um lado é representado pela Associação Brasileiras de Energia Eólica (Abeeólica), para a qual há ainda muito a explorar em terra firme (“onshore”), razão por que ficará feliz se os projetos “offshore” atrasarem.
O outro lado é representado pela Associação Brasileira de Eólicas Marítimas (Abemar), entidade em fase de formalização cartorial, para cujos sócios já existe um conjunto de normas jurídicas que permitem a emissão do Licenciamento Ambiental para os projetos “offshore” em análise no Ibama.
Um engenheiro especialista em energias renováveis disse à coluna que há um “emaranhado jurídico” no decreto que regulamenta a construção e operação de projetos eólicos “offshore”.
Outro engenheiro, com o mesmo perfil profissional, posiciona-se em sentido contrário e assegura que as normas jurídicas em vigor “tornam as coisas mais claras, mais fáceis e mais rápidas”, ou seja, os projetos antigos de geração de energia “offshore” têm precedência diante dos mais novos.
Por causa dessa confusão de pontos de vista jurídicos, há uma crescente divergência entre um lado e outro, o que, certamente, prolongará o sonho dos brasileiros, que desejam ver logo instalada a primeira usina de geração eólica dentro do mar.
Resumindo: O Brasil não é para amadores, pois as dificuldades parecem existir em benefício das facilidades.
OS PLANOS DE SAÚDE E AS CLÍNICAS
Está mais difícil viver. Há três meses, um profissional liberal, com problemas gástricos, buscou socorro em uma clínica especializada, apresentando a carteirinha plástica do seu plano de saúde e o pedido de uma consulta com um especialista.
Ouviu da atendente a seguinte informação: “Só temos vaga para consulta no mês de fevereiro. Se o senhor quiser, poderá ser atendido agora, mas terá de pagar por uma consulta particular, que custa R$ 350”. Assim mesmo, com todas as letras.
Preocupado com o avanço de um refluxo gastroesofágico que ataca até suas cordas vocais, o cliente do plano de saúde concordou. E pagou via Pix.
Em menos de 30 minutos, foi atendido por uma simpática e jovem médica, que fez as perguntas de praxe e, sobre uma cama coberta por um longo e largo papel descartável, à guisa de colcha, apalpou seu abdômen e, em seguida, apresentou-lhe a receita do medicamento que deveria tomar diariamente para superar a crise gástrica, esquecendo de medir sua pressão arterial e de fazer a ausculta.
Tudo durou 10 minutos.
“Volte daqui a um mês para uma revisão”, sugeriu a médica, o que aconteceu 30 dias depois. Desta vez, o tempo do atendimento, ou seja, a revisão, durou 5 minutos.
Uma nova consulta foi marcada e o cliente imaginou que o novo atendimento seria pelo plano de saúde. Enganou-se!
Ontem, véspera da consulta, a atendente deixou claro que ela custaria novos R$ 350. E acrescentou:
“Infelizmente, consulta pelo plano de saúde, só em maio”, disse ela.
O cliente, restrito às limitações do seu minúsculo orçamento, desejou felicidade à atendente, à médica e à clínica.
E concluiu que seu refluxo, que prossegue, ficará ainda mais acentuado.
MARQUISE FAZ IMERSÃO COM SEUS COLABORADORES
Celebrando neste 2021 seus 47 anos de atividades, o Grupo Marquise, antecipando tendências, tecnologias e inovações, promoveu um dia de imersão com colaboradores de todos os seus negócios.
Objetivo da imersão: valorizar pessoas e conectar propósitos.
“Às vezes o funcionário só conhece o negócio onde atua, então resolvemos fazer esse evento para que todos possam ter a dimensão de todas as nossas atividades”, disse à coluna o presidente financeiro e um dos acionistas do grupo, José Carlos Pontes.
O Grupo Marquise atua na infraestrutura, incorporação, serviços e soluções ambientais, hotelaria, shopping centers, comunicação, atendimento ao cidadão e moda popular.
Para o evento, foram convidados vários palestrantes, entre os quais Gustavo Caetano, fundador das empresas Samba Tech e Samba Digital, líderes em Transformação Digital; Márcio Utsch, conselheiro da Centauro, Alpargatas e Grupo Marquise; e Guilherme Benchimol – todos falaram das suas experiências e sobre a importância da capacidade de inovar, crescer e antever tendências do mercado.
Também ministrou palestra Edu Lyra, CEO da Gerando Falcões, que fez uma apresentação motivacional.