CEO mundial da Fortscue sobrevoa Pecém e reúne-se com Roterdã

Julie Shuttleworth também reuniu-se nesta terça-feira com o governador Camilo Santana, a que transmitiu os planos da empresa australiana de produzir Hidrogênio Verde no Ceará.

Julie Shuttleworth, CEO mundial da australiana Fortscue, uma das maiores empresas mundiais de mineração e a maior do setor de energia da Austrália, onde tem sede, reuniu-se na manhã desta terça-feira com a diretoria da CIPP S/A, que administra o Porto do Pecém e a ZPE do Ceará, e ouviu do seu presidente, Danilo Serpa, uma exposição sobre aquele Complexo Industrial e Portuário e outra, feita pelo secretário do Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior, a respeito do projeto do Governo do Ceará de instalar um Hub de Hidrogênio Verde naquela região.

Acompanhada de uma comitiva de 18 pessoas, todas da alta hierarquia da Fortscue, entre elas o CEO para a América Latina, Augustin Pichot, e o CEO para o Brasil, Luís Viga – Julie Shuttleworth teve, também, um encontro com o diretor internacional do Porto de Roterdã, René van der Plas, que transmitiu informações acerca do que a empresa holandesa, que é sócia da CIPP S/A, pretende fazer e investir para tornar realidade o projeto do Hub do H2V.

Pelo Porto de Roterdã entrará na Europa todo o Hidrogênio verde a ser produzido no mundo, inclusive no Complexo do Pecém.

Antes das reuniões, acompanhada do secretário Maia Júnior, a CEO mundial da Fortscue fez um longo sobrevoo na área continental e offshore do Porto do Pecém, que incluiu, também, a parte industrial do complexo, com destaque para a usina siderúrgica da CSP, as duas fábricas de cimento, a indústria da Aeris Energy, que fabrica e exporta pás eólicas, e todo a área portuária, que terá de ser expandida no curto prazo para atender à demanda dos projetos de geração de energia eólica offshore.

Julie Shuttleworth ficou contente ao saber que, do plano de mais uma expansão do Porto do Pecém, consta a construção de mais um terminal com 40 hectares de área destinada à preparação dos equipamentos – incluindo torres, pás e aerogeradores – que as empresas de energia usarão para a construção dos seus parques de energia eólica offshore. 

Depois do sobrevoo sobre o Complexo do Pecém e das reuniões com a diretoria da CIPP e com a autoridade internacional do Porto de Roterdã, Julie Shittleworth deslocou-se, com seu time de executivos, para Fortaleza, onde, às 14 horas, foi recebida em almoço pelo governador Camilo Santana.

Uma fonte que acompanha a programação da delegação da CEO mundial da Fortscue disse a esta coluna que “a visita de Julie Shuttleworth foi bem pragmática, do ponto de vista do projeto deles”.

E qual será o próximo passo, foi a pergunta desta coluna. A fonte respondeu assim:

“O próximo passo será eles desenvolverem os estudos que estão fazendo, darem prosseguimento aos contatos para a contratação das empresas que desenvolverão projetos ambientais, os projetos de engenharia. Quando ao que cabe ao governo, serão criadas as condições e as facilidades necessárias para que eles concluam todos os estudos e tomem a decisão de iniciar, efetivamente, seu investimento no Ceará”.

Após o almoço com o governador Camilo Santana, realizado no Palácio da Abolição, Julie Shutteleworth reuniu-se com o presidente da Federação das Indústrias do Ceará(Fiec), Ricardo Cavalcante, com quem prosseguiu falando sobre o Hub do Hidrogênio Verde e a participação da entidade empresarial cearense no esforço do governo do Estado de tornar o Ceará um polo mundial de produção da já chamada energia do Século 21.