Centro de Culturas Protegidas em Barbalha custará R$ 40 milhões

A Superintendência de Obras Públicas (SOP) já celebrou contrato com a Construtora Porto, que terá nove meses para executar a obra. Para a Faec, o local ideal seria a Serra da Ibiapaba.

Atenção! A Superintendência de Obras Públicas (SOP) do Governo do Ceará celebrou contrato com a Construtora Porto Ltda para a construção do Centro de Tecnologias em Cultivo Protegido (CTCP), no município de Barbalha, no Sul do Estado.
 
O valor do contrato é de R$ 39,9 milhões e envolve a “elaboração e o desenvolvimento dos projetos de arquitetura e engenharia, a obtenção de licenças, aprovações, execução das obras e serviços de engenharia, arquitetura, montagem dos sistemas envolvidos e comissionamento das edificações”, conforme está publicado no Diário Oficial do Estado, edição do último dia 16 do corrente mês de fevereiro.

O prazo de vigência do contrato é de 21 meses, “contados a partir da assinatura do instrumento contratual”.

Os serviços deverão ser executados no prazo de nove meses, contados a partir da data de recebimento da Ordem de Serviço. 

O contrato foi assinado no dia 6 deste mês de fevereiro pelo superintendente da SOP, engenheiro Quintino Vieira, e por Ruperto Barbosa Porto, sócio e diretor da Construtora Porto.

Há pouco mais de uma semana, a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec) levantou-se contra a implantação na região do Cariri do Centro de Tecnologias em Cultivo Protegido. 

Segundo o presidente da Faec, Amílcar Silveira, esse investimento de quase R$ 40 milhões deveria ser feito na Chapada da Ibiapaba, onde o cultivo protegido já é uma realidade, com mais de 350 hectares já instalados e em operação sob estufas.
 
Mas a Secretaria Executiva do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), liderada pelo agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro, considera acertada a localização desse centro em Barbalha, pois dinamizará outra região do estado com franca vocação para a agricultura tecnológica. 

O Centro de Tecnologias em Cultivo Protegido de Barbalha terá consultoria da Universidade de Wageningen, na Holanda, que foi visitada na semana passada pelo presidente da Faec, Amílcar Silveira; pelo empresário Fábio Régis, dono do Sítio Barreira, de Missão Velha, maior produtor de bananas do Ceará; e pelo superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-CE), Sérgio Oliveira, que se impressionaram com o que viram. 

Os três, porém, consideram que esse alto investimento qa ser feito pelo governo do Ceará em Barbalha seria quantitativamente menor e qualitativamente maior, se fosse implementado na Ibiapaba, onde a cultura protegida já é uma realidade que prospera na velocidade do Space-X.