Um fato político de grande importância aconteceu na manhã desta segunda-feira, 20, em Kiev: o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma visita inesperada à capital da Ucrânia e encontrou-se com o seu colega ucraniano Volodimir Zelensky.
Biden reforçou o apoio dos EUA à Ucrânia, que trava uma guerra cada vez mais violenta contra a Rússia, que a invadiu no dia 24 de fevereiro do ano passado.
Daqui a quatro dias, a guerra na Ucrânia completará um ano e foi para marcar essa data que o presidente Biden viajou, sob sigilo e debaixo de um extraordinário esquema de segurança, até Kiev, onde foi fotografado estreitando as mãos com o presidente Zelensky.
Biden foi ousado, porque o presidente russo Vladimir Putin tem autorizado bombardeiros diários às cidades da Ucrânia, principalmente à sua capital Kiev, onde Joe Biden pousou hoje de amanhã e cumpriu uma agenda que incluiu encontro com seu homólogo ucraniano e uma visita a locais da cidade que foram alvo dos mísseis russos.
Até hoje de manhã, tinha-se como certa uma visita do presidente dos EUA à Polônia, que aconteceria amanhã, terça-feira.
A chegada de Biden a Kiev surpreendeu o mundo e está sendo vista como mais um ato que reforça o apoio dos países ocidentais às forças ucranianas, que combatem contra as tropas russas.
A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, propôs que os países da União Europeia (EU) façam compras conjuntas de armamentos para a Ucrânia. Isto aceleraria a compra.
Josep Borrell, que é o coordenador de relações exteriores da UE, apoiou a proposta.
Nesta segunda-feira, em Bruxelas, os ministros das relações exteriores da UE estão reunidos com o objetivo de tornar efetivo o maior apoio, em armamentos, à Ucrânia.
A atitude do presidente dos EUA de visitar, pessoalmente, a Ucrânia e o gesto dos países da UE de fazerem compras conjuntas de armas para o governo de Kiev pode ser interpretada pela Rússia como a entrada desses países no conflito na Ucrânia.
A Rússia tem aliados poderosos, como a China, que poderia ajudar Vladimir Putin fornecendo armas e drones suicidas, como os que o Irã já vem mandando para os russos.
Tudo indica que a guerra na Ucrânia demorará bem mais tempo e poderá escalar para algo mais perigoso, como o uso de armas nucleares pela Rússia, o que teria resposta imediata dos EUA e do Reino Unido.
Hoje, o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, faz uma visita a Moscou.
E aí o que estaria em perigo seria o próprio planeta.