Arcabouço no Senado e Reforma Tributária na Câmara agitam a semana

Além disso, nos EUA, o Fed decide se mantém ou se aumenta taxa de juros norte-americana. Boletim Focus desta segunda-feira pode trazer novidades

Nesta semana, as atenções do mercado brasileiro voltam-se para Brasília, onde o Senado Federal deverá votar a proposta de criação do arcabouço fiscal, já aprovado na Câmara dos Deputados. 

Mas também se voltam para a reunião de amanhã e depois do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, que decidirá se mantém ou se eleva de novo as taxas de juros da economia norte-americana.

As apostas do mercado são no sentido de que o FED manterá as taxas no patamar atual, ou seja, variando entre 5% e 5,25% ao ano. 

Amanhã, terça-feira, 13, sairá o índice da inflação norte-americana relativo ao mês de maio. O mercado prevê uma alta de 0,2%, metade do que foi apurado em abril, com o que a taxa anual ficará em 4,1%.
 
Por sua vez, o Banco Central Europeu reunir-se-á na quinta-feira, 15, e segundo o mercado decidirá pelo aumento da taxa de juros em mais 0,25%. A economia europeia entrou em recessão técnica, mas a inflação começa a dar sinais de queda, estando hoje, anualizada, em 6,1%.

Aqui no Brasil, não só os debates e a possível votação do arcabouço fiscal no Senado atrairão a atenção dos investidores, que acompanham, com interesse, os debates sobre a Reforma Tributária na Câmara dos Deputados. 

Na semana passada, foi apresentado o relatório do Grupo de Trabalho que promoveu audiências públicas e reuniões técnicas para colher sugestões da sociedade sobre a proposta. 

Agora, aguarda-se que a presidência da Câmara inicie a discussão sobre a reforma nas suas comissões técnicas. 

Esta coluna tem dito e o repete agora: não será fácil aprovar uma Reforma Tributária que mexe com interesses dos estados produtores, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. 

A construção de um novo Pacto Federativo exigirá engenho e arte do Parlamento.

Hoje, bem cedo, o Banco Central divulgará seu Boletim Focus, que todas as segundas-feiras apresenta as previsões de 100 economistas das instituições financeiras do país para a inflação, o PIB, o câmbio e a taxa básica de juros Selic.

Há uma expectativa em torno desse boletim hoje, porque ele conterá a repercussão do IPCA do último mês de maio, que veio com avanço de apenas 0,23%, muito abaixo do 0,61% que esperava o mercado. É possível que os economistas refaçam suas previsões para o resto do ano.

Hoje, a partir das 10 horas, a Bolsa de Valores brasileira B3 retoma seu pregão num ambiente de otimismo. Na sexta-feira passada, a Bolsa B3 fechou em alta de 1,33%, passando dos  117 mil pontos, mais precisando 117.019 pontos, o que não acontecia desde novembro do ano passado.