A Jornada Internacional de Ciência e Tecnologia, chamada carinhosamente pelo nome em inglês de Journey, é um programa que consiste em cinco dias de atividades educacionais de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, conhecido também pela sigla em inglês STEM.
Organizado pelo Kennedy Space Center International Academy (KSCIA), o programa educacional internacional visa inspirar estudantes do Ensino Médio a seguir carreiras em áreas STEM, oferecendo uma experiência imersiva e prática, focada na exploração espacial.
Os alunos de um colégio privado situado no Bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, foram convidados para o Journey 2024, que ocorreu na região da Costa Espacial da Flórida, nos Estados Unidos, em outubro.
Lá, eles tiveram curso de formação e aplicaram seus conhecimentos para fazer um rover, uma espécie de carro controlado remotamente para explorar a superfície de planetas e luas. O rover mais famoso hoje em dia é o Perseverance, que se encontra em Marte. Mas outro está sendo desenvolvido para explorar a Lua novamente.
Os alunos também estiveram em uma sala onde é simulada a superfície da Lua. Foi preciso utilizar máscara para não respirar os grãos de poeira muito finos.
Além de ver presencialmente o histórico foguete Saturno V, que levou o homem à Lua pela primeira vez em 1969, eles conheceram o astronauta John Herrington, que foi ao espaço em 2002.
Contudo, o mais impressionante, sem sombra de dúvidas, foi que eles flagraram o foguete Falcon 9 da SpaceX subindo em direção ao espaço. Geralmente, o Falcon 9 leva satélites para colocar em órbita.
Experimento com microgravidade
Com ajuda de familiares e amigos, os estudantes cearenses fizeram rifas e eventos para arrecadar fundos para a viagem. A escola Dom Felipe participa todos os anos, mas, desta vez, recebeu um convite para realizar um experimento científico no espaço dentro do programa chamado Jornada Internacional Expedição ISS - Missão 19.
A ISS, da sigla em inglês para Estação Espacial Internacional, é um verdadeiro laboratório no espaço onde o experimento deles poderá ser realizado. Os estudantes propuseram estudar o efeito da microgravidade nos ossos.
A microgravidade é experimentada na ISS, onde o campo gravitacional da Terra é muito fraco e, em órbita, dá a sensação de gravidade zero.
Não é permitido enviar seres vivos no programa, então os alunos propuseram usar um material que imita o osso humano, já utilizado em aulas de Medicina. É realmente uma solução genial. Se selecionado, o experimento será feito por um astronauta. Estamos na torcidas por nossos futuros cientistas espaciais cearenses.
Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.