Opinião: Bastidores de uma final desnecessariamente nervosa

Em clima de tensão, Ceará e Sport se enfrentam na noite desta quarta-feira na Ilha do Retiro

Toda final apresenta aqueles componentes que não podem faltar. Podemos dizer que são eles que dão um toque especial na magia do futebol. O nervosismo é o centroavante da situação, talvez jogadores já acostumados com esse clima tenham mais controle quando se trata de decisão. 

E a torcida? Essa não! O torcedor é apaixonado, se emociona, se desloca a quilômetros de distância para ver seu time e a expectativa é única: vê-lo campeão. 
Para quem trabalha também aparece um nervosismo, seja você fazendo a primeira transmissão ou já experiente no assunto, é no corre-corre pra entrar ao vivo, pra ver se deu tudo certo e o resultado: transmitir ao torcedor todas as informações, admito que essa é a principal missão. 

 

Clima de tensão

Às vezes existem contratempos e o medo entra na jogada, principalmente quando vimos a paixão pelo futebol se transformar em situações assustadoras. No dia anterior da grande final, um tumulto bem próximo da nossa equipe, enquanto guardávamos o material, após uma entrevista com os torcedores, tiros, desespero, crianças assustadas e clima de terror tomou de conta. Com a presença da polícia os ânimos foram se acalmando, mas situações como essas acabam destruindo a magia que o futebol traz. 

Hoje é o dia, o clima de tensão ainda segue. No estádio, alguns torcedores já vão se acomodando (detalhe: ainda faltam 4 horas para o jogo), a capacidade do praça esportiva é de aproximadamente 25 mil pessoas, em um áudio vazado pelo Presidente da Federação Pernambucana, Evandro Carvalho, sinalizou a presença de 40 mil torcedores, em entrevista informou que a notícia não persistia, informação que fez com que o Ceará tomasse medidas de precaução. 

Segurança reforçada, emoção à flor da pele, cânticos, animação e a paz. Esses são componentes de um campeão, precisamos mostrar a energia do Nordeste.