Mulher preta, atleta, brasileira, colocando no topo um dos gêneros musicais mais populares do Brasil.
Foi no funk que Rebeca Andrade se encontrou, e é através do funk que a jovem ginasta se inspira para mostrar ao mundo as habilidades da ginástica artística.
Eu tive a oportunidade de conversar com a Rebeca em 2021, através do podcast Elas no Esporte. A entrevista foi após os Jogos Olímpicos de 2020, onde Rebeca fez história ao se tornar a primeira ginasta brasileira campeã olímpica e a primeira atleta do Brasil a ganhar duas medalhas na mesma edição de Olímpíadas.
Um feito histórico e uma humildade sem tamanho, sempre lembrando do início, onde tudo começou aos 9 anos de idade.
Muitos jovens em busca de um sonho deixam os pais cedo. Esse roteiro também fez parte da história da Rebeca. Dona Rosa, a mãe dela, foi a primeira pessoa a dar "um empurrão" e hoje vive uma mistura de sentimentos, envolvendo saudade e a certeza do dever cumprido.
Dois anos após esse bate papo, Rebeca volta a nos representar, superando a americana Simone Billes, conquistando o ouro na final do salto feminino. É ouro, meus amigos! Com essa conquista no salto, a ginasta quebra mais um recorde e se torna a primeira brasileira a garantir três medalhas na mesma edição do Mundial.
Que venha Paris, 2024! Teremos Rebeca Andrade e a certeza de muito carisma, irreverência ao som de funk.