São Paulo 1 x 1 Ceará: uma análise além do resultado

Ceará esteve perto de vencer e também de perder o jogo

São Paulo e Ceará protagonizaram um jogo muito interessante de se assistir. O empate em 1 a 1, na noite desta quinta-feira (14), no Morumbi, poderia perfeitamente ter tido vitória para qualquer dos lados. O Ceará tanto poderia ter perdido como vencido. Chances foram criadas para isso. Mas aqui vai uma análise além o resultado. No fim das contas, pelo que foi o jogo, o Soberano chegou mais perto de vencer e o empate saiu de bom tamanho para o Alvinegro.

Voltar com um ponto em uma rodada em que nenhum time abaixo na tabela venceu, acabou sendo positivo, considerando que o Vovô tem dois jogos a menos. Ainda mais pela atuação.

Com ânimo renovado pela estreia do técnico Rogério Ceni, o time da casa pressionou muito mais. Foram 23 finalizações, com direito a duas bolas na trave e sete defesas do goleiro Richard, que foi o melhor em campo.

É verdade que o Ceará também teve suas chances, com 12 chutes, sendo sete na direção do gol. Tiago Volpi também fez defesas importantíssimas para evitar o triunfo alvinegro. O Vovô foi perigoso quando atacou, mas o problema é que atacou bem menos do que poderia.

Contra o Atlético-MG, o argumento poderia ser da qualidade do adversário. Líder do Brasileirão, dono do melhor elenco do país, melhor mandante da competição... Mas, contra o São Paulo, não. Era um adversário em que a vitória era completamente acessível.

Sem contar os mesmos erros de finalizações. Houve também oportunidades desperdiçadas de forma inacreditável, como a chance de Cléber cara a cara com Volpi, no 2º tempo, em que tentou driblar e perdeu a passada. Vina ficou na bronca e repreendeu o camisa 89, que até fez bom 1º tempo, mas caiu de desempenho no 2º.

Escalação e substituições

Tiago Nunes mudou a escalação e mandou a campo um time diferente. Sem Fernando Sobral nem Lima ou Erick, Fabinho e Mendoza ganharam titularidade. O colombiano fez mais um péssimo jogo e sua presença na equipe principal é cada vez mais incompreensível. Já o volante teve atuação regular, que acabou sendo mais destacada pelo golaço que marcou.

Fato é que o Ceará sofreu demais no jogo. O sistema defensivo falhou bastante (inclusive com Luiz Otávio no gol do São Paulo) e permitiu muitas oportunidades ao adversário. O Ceará teve imensa dificuldade em colocar a bola no chão e trocar passes. Sem saída de bola, ficou sufocado muitas vezes.

Quando entrou no lugar do camisa 10, Erick precisou de poucos minutos para mostrar que merece mais oportunidades. Foi bem mais participativo. William Oliveira no lugar de Fabinho foi mudança que ninguém entendeu, enquanto Sobral seguiu no banco e só entrou no lugar de Kelvyn, posteriormente.

Lima sequer saiu do banco, enquanto Vina já estava nitidamente desgastado.

De positivo, que o time criou mais. Agora, serão dois jogos seguidos em casa, contra Bragantino e Palmeiras. Paradas duras, mas que o Alvinegro precisará mostrar maior efetividade para se afastar do Z-4