A história do lateral-direito Samuel Xavier com o Ceará está escrita e de forma inegavelmente vitoriosa. O jogador tem importantes serviços prestados ao clube, com mais de 200 jogos e sendo titular absoluto nas recentes campanhas na Série A e nos dois títulos mais relevantes conquistados pelo Alvinegro recentemente (Copa do Nordeste 2015 e 2020). Por isso criou uma identificação com o clube e a torcida. Entretanto, a saída ocorre pela porta dos fundos.
O problema não é sair. É absolutamente natural não querer renovar contrato e aceitar a ida para outro time, outro ambiente, buscando novos desafios. O problema fica na forma como a situação foi conduzida.
Há alguns meses o Ceará já tentava renovação com Samuel, que afirmou: somente iria conversar sobre o futuro após o Campeonato Brasileiro. Em paralelo, acertou pré-contrato com o Fluminense. Vai defender o Tricolor Carioca.
Além disso, na segunda-feira (15), a assessoria pessoal do jogador soltou nota afirmando que "o lateral segue focado em sua recuperação para voltar o mais rápido possível aos gramados e ajudar o clube a alcançar os suas metas na atual temporada".
No dia seguinte, a rescisão contratual com o Ceará.
Faltou transparência no processo com clube que o deu mais projeção em 2014 e 2015, onde ele também estava desde 2018. Seria mais simples conduzir a situação de forma clara.
Não é o primeiro e nem será o último caso deste tipo. Mas é fato que se esperava uma postura diferente do camisa 22, que até o dia 16 de fevereiro era xodó da torcida, e agora caiu no conceito de muitos.