Um dos aspectos primordiais para o Ceará conquistar a excelente vitória por 3 a 0 sobre o Novorizontino, fora de casa, sem dúvidas foi a mudança tática do técnico Vagner Mancini. Não que apenas isso tenha sido suficiente para garantir o resultado, mas pesou.
Sobretudo porque o 3-5-2 (em determinados momentos alternando para 3-4-3) trouxe mais solidez defensiva e potencializou individualidades.
É bem verdade que o Novorizontino criou suas oportunidades, acertando bolas na trave e exigindo boas defesas de Richard. O que era natural pela qualidade do time treinado por Eduardo Baptista, sobretudo jogando em território paulista.
Mas, no geral, o Ceará se mostrou menos vulnerável que em partidas anteriores. Tanto é que o time ficou sem sofrer gols depois de seis jogos seguidos sendo vazado.
O grande espaço nas costas dos laterais Raí Ramos e Matheus Bahia - ponto que vinha sendo explorado pelos adversários - até existiu, mas agora teve cobertura defensiva. O trio de zaga deu mais sustentação no setor, além de maior liberdade aos alas, que embora não tenham ido bem, não tiveram seus erros como comprometedores. Ao contrário, mesmo jogando mal, Bahia participa do 2º gol, marcado por Barceló, dando assistência em jogada de profundidade.
A nova plataforma de jogo potencializou individualidades. De Lucca fez bom jogo no meio de campo, bem como Recalde, autor do gol que abriu o placar, e Barceló, que marcou pelo 2º jogo consecutivo.
Sem falar de Erick Pulga, sempre inquieto e que participou de dois gols. Em ambos, não foi fominha, enxergando bem a jogada para tomar a melhor decisão e executando de maneira correta. Ele é o cara que faz a diferença!
E, no geral, o Ceará foi mais competitivo dentro do que pede a Série B. Sem dúvidas, Mancini ficou satisfeito com as mudanças e mostrou que o Ceará pode ter uma cara diferente pela frente.