O Ceará está na final da Copa do Nordeste com méritos. Na vitória por 3 a 2 sobre o Fortaleza, nesta quarta-feira (29), a 3ª seguida do Alvinegro contra o maior rival, o Vovô superou o Tricolor na bola e na força psicológica.
O Ceará teve uma grande entrega coletiva e, mais uma vez, compensando uma falta de técnica com vontade. E, de maneira inteligente, deu a entender que parte da estratégia era deixar os tricolores nervosos. Deu certo.
Pilhados, os jogadores leoninos demonstraram nervosismo além da conta que atrapalhou o time em vários momentos. Seja em tomada de decisão, em erro técnico ou reclamação, isto foi perceptível.
O Fortaleza só não esteve atrás no placar durante 15 minutos do Clássico. Os 12 iniciais (até Erick abrir o placar) e mais 3 minutos entre o gol de Calebe (que empatou em 1 a 1, aos 30) e o de Caíque (que fez 2 a 1 para o Vovô, aos 33).
O jogo foi tenso, pegado e nervoso, como era de se esperar. Teve 42 faltas, 1 pênalti, 12 cartões amarelos e 1 vermelho. Mas, desde o início, os jogadores do Fortaleza se mostraram ansiosos e sem controle emocional.
O time acusou os gols sofridos.
Além disso, estiveram o tempo inteiro reclamando com o árbitro Marcelo de Lima Henrique. Galhardo recebeu amarelo por reclamação ainda no banco e, em campo, deixou o braço em Richardson e foi expulso.
Quando houve o gol anulado, que daria o 3 a 3, todos foram peitar o assistente acintosamente, como se não houvesse VAR para checar. No fim das contas, estava mesmo impedido.
O Clássico-Rei foi um jogaço. O Ceará foi superior no 1º tempo e efetivo logo no começo do 2º.
O Fortaleza, mesmo com um a menos, foi melhor na 2ª etapa e lutou até o fim.
Entre alternância de domínios e chances de lado a lado, o Ceará teve a cabeça no lugar quando necessário e tem muitos méritos para avançar à final.