Por trás de todo problema, há uma oportunidade. O ditado popular se faz valer na vida e, também, no futebol. No caso do Fortaleza, o problema está bem claro: a ausência de Yago Pikachu, que ainda não tem previsão de retorno por conta de lesão no ombro. A oportunidade, portanto, cai no colo de Edinho, um jogador que todo mundo sabe que pode render mais, mas ainda busca por espaço no time de Juan Pablo Vojvoda.
No 3-5-2 de Vojvoda, Pikachu é peça fundamental, sendo uma espécie de válvula de escape em todos os momentos. É uma flecha com liberdade, que sempre é acionada pelo lado direito, seja atacando por fora ou por dentro.
Não à toa que tem 11 gols na temporada (8 na Série A, dividindo artilharia do time na competição com Robson), além de oito assistências para gols em 2021.
A missão de Edinho, portanto, não é simples. É dele a responsabilidade de desempenhar a função pela ala direita garantindo a mesma fluidez, dinâmica, velocidade, verticalidade e agressividade no setor.
O meia-atacante de Baturité sempre foi um jogador de muita velocidade, habilidade, bom no 1x1, com poder de recomposição e capacidade de criar jogadas ofensivas que levem perigo ao adversário. Portanto, por característica, ele pode, sim, substituir Pikachu.
Porém, até aqui, o camisa 18 ainda não apresentou o futebol que todos os tricolores conhecem bem. É verdade que a amostragem ainda é curta. Foram 12 jogos, sendo apenas três como titular e um total de 242 minutos em campo (média de 20 minutos por partida). É muito pouco para avaliar.
Agora Edinho terá chance de sequência. Sem dúvidas será mais utilizado por Vojvoda e irá atuar em diferentes contextos que poderão potencializar suas características. Cabe a ele aproveitar a chance que tanto esperava.